Há muito tempo, existiu uma mulher em seus processos particulares…
Ela era uma mulher muito rica, tinha muito dinheiro e poder naquele local que habitava. Só que ela começou a ficar doente, desenvolvendo a doença da lepra. Assim, as pessoas começaram a rejeitá-la, pois não tinha mais a mesma força de comando. Ela não tinha mais aquele ímpeto de antes para ganhar o ouro de forma justa; ela foi perdendo a energia de criatividade vital e, consequentemente, os negócios começaram a falhar, os amigos começaram a se afastar, e ela viu que todo aquele povo em volta dela não a amava verdadeiramente, eles estavam ali por causa do ouro. Aquilo machucou muito o coração dela, feriu muito sua alma. Então, ela abandonou tudo e foi para a rua, não queria saber mais do dinheiro. E as pessoas que estavam à sua volta, como urubus, acabaram com a sua riqueza.
Depois de muitos meses vivendo na rua, ela mal se lavava, e todos que passavam por perto comentavam: “Aquela dali não é a senhora Dilah? Nossa, ela está acabada! Ela está destruída!”. Ninguém queria chegar perto dela.
Até que, em um determinado momento de muita dor, um espírito bondoso apareceu para ela. Esse espírito era um mensageiro do céu e apareceu para ela na forma de uma moça muito bonita. Ela disse: “Filha, o céu te abençoa agora”. Dilah estava tão traumatizada com a dor que nem sabia direito se a moça era uma miragem ou se era de verdade, mas também fazia pouca diferença diante da dor que ela estava sentindo.
A mensageira continuou: “o céu tem uma mensagem e uma cura para você, mas você precisa fazer uma escolha muito importante. Se você quiser a cura, você será curada por completo, poderá retornar a fazer o seu trabalho e irá reaver toda a sua riqueza. Mas, se você escolher permanecer dessa forma, algumas pessoas com muita dor, como assassinos, doentes terminais e pessoas viciadas, vão ter confiança de se aproximar, e você vai poder entregar uma mensagem de cura a elas. Você não vai se curar, mas você vai poder curar elas. Se você se curar, eles não vão ter segurança de se aproximar. A escolha é sua.”
Dilah escolheu permanecer doente. Dessa forma, começaram a se aproximar assassinos, pessoas que estavam em natureza má, e ela começava a cuidar desse povo, começava a orientar.
Claro que ela ficou mal falada: “olha lá, está louca mesmo, está dando ouvidos pra assassino, pra doente”. Mas Dilah não queria saber, ela acolhia, a pele dela caindo aos pedaços, mas ela não estava nem ai. E cada vez mais que ela fazia esse serviço, mais o coração dela ficava em paz, e ela conseguia ir perdoando tudo que aconteceu em sua vida. Ela foi se libertando dessa dor e auxiliando os outros em suas curas, nos seus contatos com o espírito.
E Dilah não tinha nenhum contato com a espiritualidade diretamente; era uma pessoa boa, portanto, automaticamente, já tinha contato com a espiritualidade. Quero dizer que ela não tinha a prática espiritual, ela não meditava, não orava. Mas tinha o coração muito bondoso, o que já era considerado uma oração. Queria ajudar tudo e todos sempre. Ela acreditava que todos que ajudava quando estava em sua riqueza estavam sorrindo para ela por amor, mas não era. Então, foi um grande conflito dentro dela. No decorrer do tempo, ela ajudou muitos seres e, quando desencarnou naquela vida, estava rodeada por pessoas com muito carinho, todas a abençoando e agradecendo, mesmo enquanto outros a zombavam.
Dilah foi direto se recuperar no astral, e passou a ser uma senhora que descia nos vales mais profundos do reino espiritual. A Senhora das Profundezas. A senhora das trevas que descia nos vales mais sombrios e dolorosos para auxiliar os espíritos, aqueles nas mesmas condições que na superfície ela já estava cuidando, ela acolhia. Aqueles espíritos raivosos e cruéis não a temiam. Ela descia e ia conversar com eles, enquanto os outros chefes dos mundos e submundos não entendiam como que aquela senhora tinha coragem de descer ali. Ela manifestava uma confiança tão grande que eles a ouviam. Sentava no meio do lodo, eles se aproximavam, e ela falava do coração.
Foi uma história muito bonita. Todo dia ela se recuperava no plano espiritual luminoso e depois voltava naqueles ambientes de novo pra ajudá-los. Muitos chamavam: “lá vem a senhora que caminha nas trevas, mas que não é das trevas”, e de grande respeito deles por ela, começaram a chamá-la de Lady. Muitas, muitas almas foram socorridas. Essa senhora passou 150 (cento e cinquenta) anos no vale escuro nas profundezas auxiliando esses espíritos! Salve!
E a mensagem final desse velho para vocês é que muitas vezes você tem que fazer sacrifícios. E um grande sacrifício vocês fizeram, que foi, em sua luminosidade, confiarem no plano maior e encarnarem aqui no meio dessa densidade, para que com esse amor que vocês trazem no coração, ajudem a tudo e todos.
Vocês são anjos que desceram aqui para ajudar a curar as trevas, as terras que estavam completamente envolvidas na escuridão. Salve! Que todos sejam a Lady Dilah!
Salve Lady Dilah, a Senhora das Profundezas. Graças a Deus! Salve a força do amor!
Pai João de Aruanda
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É até onde Jesus me permite ver e transmitir.
Pela Verdade, nada mais que a Verdade,
Em Amor e Bênçãos,
Neva (Gabriel RL)
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