A Natureza da Mente - 27.01.2013 - Sementes das Estrelas

A Natureza da Mente – 27.01.2013

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Falar da
mente é algo muito complicado, porque temos que usá-la para falar dela mesma. Para
ficar elucidativo, eu vou separar o termo “mente” em duas. Uma delas é o corpo mental inferior, que é chamado também de “mente inferior”, ou “mente
egóica”. A outra se refere à “mente natural”, como ela é chamada no
budismo, ou “corpo mental superior”, pelos ensinamentos da Grande Fraternidade
Branca.

A mente
inferior, por sua vez, é dividida em duas grandes regiões, uma é o terminal de
captação e emissão de pensamentos, a outra é chamada de psique e é nela que
estão registrados os padrões de comportamentos, crenças e modos de ver o mundo,
é onde está o “programa” mental dos nossos pensamentos, que nós percebemos em
sua superfície.

 O corpo mental é envolvido pelo corpo emocional, esses dois envolvem o corpo etérico e em seguida o corpo físico.

Os
budistas não costumam falar nessa linguagem de corpos vibracionais, eles se
referem mais ao comportamento e à natureza da mente para entendê-la e chegar à
budeidade. Para eles é importante reconhecer o que nos aproxima das virtudes
que nos levarão à Ascensão e as não-virtudes que abaixam nosso estado vibracional,
para que possamos lidar com elas, através do Amor. Neste texto eu vou falar dos
dois ao mesmo tempo, como uma proposta de unificar as informações para a
prática da meditação.

A sabedoria
budista nos fala dos “venenos da mente”, há 5 principais venenos, deles vem uma
gama imensa de outros venenos, mas os principais são: raiva, apego (desejo) ou indiferença,
inveja ou orgulho, ignorância ou ilusão e o medo. Eles estão em pares, porque em
realidade eles se comportam como um, alternando suas faces para confundir o
sujeito que os porta.

A tristeza
não foi colocada entre as 5 principais causas, porque ela é consequência da frustração
egóica, depois de ser impedido de manifestar seus desejos, o ego usa sua última
arma: a tristeza, é como um “antivírus”, ou um “restaurador de sistema”, para
que quando a pessoa se frustre em seguir seus desejos egóicos, ela não chegue
ao “outro lado”, onde há Paz e Felicidade naturais, prendendo novamente o
indivíduo na separação.

Raiva
e Medo

Esse é
o veneno mais grosseiro da mente, é dele que surgem as principais separações
entre os seres humanos. Nada que esteja sujeito à raiva ou ao medo poderá ser
permanente, eles são os principais causadores de destruição. A raiva é
normalmente originada de uma causa, do tipo “Ele me fez isso, não posso
aceitar, eu o odeio pelo que ele me fez”, nessa frase nós temos: o apego, o
orgulho, a ignorância e a raiva como causas primárias, como causa secundárias,
temos: rotulação por conceitos, mágoa e julgamento. Nessa simples frase
encontramos pesadas vibrações que impedem a total iluminação da mente, isso se
elas não forem reconhecidas.

Apego
(desejo) ou Indiferença

Nós costumamos
dizer: “Gosto disso… não gosto daquilo… isso para mim tanto faz”. São todos
originários de apegos e desejos ou de repulsas, baseados naquela memória ROM, a
psique que guarda as bases para nossos pensamentos, sentimentos e ações. Tudo que
está fora de nossos apegos e desejos é descartado sem nenhuma cerimônia por
nós, quando identificados por esse veneno. Além disso, se alguém tentar retirar
de as coisas pelas quais somos apegados, poderá haver uma ebulição de
sentimentos de raiva e repulsa contra essa pessoa, baixando mais ainda as
vibrações.

A indiferença
nos impede de viver o Amor Verdadeiro, pensamos “Eu não o conheço, por que devo
cumprimentá-lo ou sorrir para ele?”. Isso está longe do ideal de fraternidade e
unidade vivido nas Esferas Superiores.

Inveja
ou Orgulho

A
inveja vem quando nós desejamos algo que não podemos ter e outro tem. Não precisa
ser exatamente algo material, podemos invejar qualidades que outras pessoas tem
e almejamos conquistar. A inveja parte do suposto que: “Eu sou inferior, e ele
é superior”, podendo gerar também raiva e ações contra essa pessoa para haver
uma prova da superioridade daquele que inveja.

O orgulho
não o oposto, senão a outra face da inveja. Ele também parte do pressuposto que
existe um melhor e um pior. Neste caso o melhor sou eu e o pior é você, mas
isso é uma grande ilusão, uma vez que os seres são constituídos de imensuráveis
características impossíveis de serem vistas pelas nossas consciências
restritas. Do orgulho também surge o julgamento, outro veneno derivado do 5
principais, para julgar alguém temos que nos considerar detentores da verdade,
ou melhores que aquele que está sendo julgado.

Ignorância
ou Ilusão

A ignorância,
para alguns mestres da mente, é o pior dos venenos, pois ela é a incompreensão
das origens do sofrimento (que são os outros venenos). A partir da ignorância,
nos emaranhamos em um mar de ilusões criadas pelo ego para manter a energia da
psique ativa. Estas ilusões criam tanta separatividade, quanto pessoas iludidas
possam existir, de fato só teremos uma consciência unificada, quando as ilusões
que provêm da ignorância e da manutenção dos padrões da psique forem diluídas
na Luz do Eu Sou.

Medo

O medo
é, a meu ver, o pior de todos os venenos. Ele é a causa da separação, é só
quando tememos que iremos cometer ações desarmoniosas. Podemos temer perder
algo, sermos atacados, não conseguir aquilo que desejamos, mas o principal de
tudo: tememos perder nossa própria imagem, tudo aquilo que constitui a psique e
que dá um senso de “eu” e falsa segurança.

O medo
é a primeira reação originária da causa de todos os venenos da mente: a
SEPARAÇÃO.

A
causa de todos os venenos: A Separatividade

Todos
os pensamentos e sentimentos sinistros vêm da separatividade. Se todos nos
considerássemos UM com o mundo, o Universo e todos seres vivos, será que ainda
existiria medo, raiva, apegos, aversões , julgamentos, rotulações? É claro que
não.

Quando nos
vemos separados do resto “eu e os outros”, “eu e o mundo” passamos a viver em
um constante estado de adrenalina, temendo sermos atacados pelos outros e pelo
mundo. O nosso medo com relação à sobrevivência do “eu” separado nos faz viver
em conflito com os demais, defendendo aquilo que é precioso para nós e jamais
poderá ser roubado. Mas como roubar algo de mim mesmo?

A compreensão
da Unidade, de fato é a verdadeira Liberdade.

Nos
próximos dias, continuaremos falando sobre as mazelas da separação e o caminho
em direção à Unidade que nos leva à plena Felicidade e a viver em meditação e Gratidão
profundas com Deus. Falaremos também da Mente Superior e da limpeza da psique
da mente inferior.


Nota: Quem já pratica a meditação e quiser compartilhar suas experiências, ou fazer uma sugestão de algo que poderia ser falado no blog, por favor mande e-mail para: lfrostw@hotmail.com 

Meu nome é Fernando e terei muita alegria em colocar as percepções e insights de outros trabalhadores da luz. 

Do lado direito superior da página poderá ver a aba “Meditação” onde estão todos os textos que escrevemos sobre meditação, sempre que possível estaremos atualizando.

Muito obrigado!
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