O SILÊNCIO DOS LOBOS - Sementes das Estrelas

O SILÊNCIO DOS LOBOS

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Pense em alguém poderoso. 

Essa pessoa briga e grita como
uma galinha ou olha em calmo silêncio, como um lobo? 

Os lobos não gritam.

Eles têm uma aura de força
e poder. Observam em silêncio.

Somente os poderosos, sejam
lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.

Além disso, quem evita dizer
tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras
ásperas e impensadas.

Exatamente por isso, o primeiro
e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio
 em momentos
críticos.

Se você está em silêncio,
olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates
fúteis.

Se for uma discussão que já
deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar mostra que já
venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.

Olhe… sorria… silencie… vá em
frente.

Lembre-se de que há momentos de
falar e há momentos de silenciar.

Escolha qual desses momentos é
o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.

Por alguma razão, provavelmente
cultural, somos treinados para a (falsa) ideia de que somos obrigados a
responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.

Não é verdade. Você responde
somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir.

Você nem mesmo é obrigado a
atender seu telefone pessoal.

Falar é uma escolha, não uma
exigência, por mais que assim o pareça.

Você pode escolher o silêncio.

Além disso, você não terá que
se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu
Xenócrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar:

“Arrependo-me
de coisas que disse, mas jamais de meu silêncio.”

Responda com o silêncio, quando
for necessário.

Use sorrisos, não sorrisos
sarcásticos, mas reais, use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa
para não ter que responder em alguns momentos.

Você verá que o silêncio pode
ser a mais poderosa das respostas.

E, no momento certo, a mais
compreensiva e real delas.


Autor: Aldo Novak
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