PERGUNTEM AOS MESTRES (24)

Olá queridos Mestres, gostaria de trocar de profissão, fazer algo que gosto, mas tenho medo do desconhecido, pois trocarei um emprego com salário fixo, para algo novo e que nunca atuei, começar do zero, sem local de trabalho, sem clientes, etc. Como posso trabalhar isso dentro de mim, sair da zona de conforto, sem preocupação e ansiedade de um futuro incerto. Gratidão!


Resposta:


Amada filha, quando está preparada para seguir, não há o desconforto no coração. Se precisas trabalhar melhor a liberação do medo e permitir com mais tempo que a fé se torne materializada no seu coração, permita que esse tempo se dê. Não há motivos para tomares decisões que tragam medo e angustia quando ainda não estás preparada. Permita que tudo aconteça em sua vida de forma natural. Quando és guiada ao seu propósito filha, é sempre envolvida com leveza e paz. Só tu podes dizer se estás tomando a direção correta. Mas a direção correta desperta o amor, a paz e a tranquilidade, e não a angústia e o medo. Certo, filha?


Pai Joaquim de Aruanda.

Em um retiro xamânico, dentro de um ritual, escutei um dos meus guias me dizer, que aquela era minha essência. Qual o real significado desse dizer?


Resposta:


A essência é o corpo de luz já destituído das restrições contidas nos registros vinculados à matéria. O registro continua a guardar todas as informações, mas em uma vibração mais elevada elas não restringem o ser. Nesse estado o ser é puro, destituído do ego e despido de todo o personagem criado pelo ambiente terrestre. Ao se referir à sua essência, está se referindo ao seu corpo de luz em um ambiente energético já destituído de formas e corpos. É um aspecto elevado de nossa alma. Somos nós no presente, como se essa atual vida fosse o passado em relação a esse ser puro que nos tornaremos.

Tenho sofrido muito nesses últimos tempos com o despertar. Conheço algumas pessoas que estão nesse processo também, e sei que cada um tem o seu. Não estou comparando dores e processos. Mas sinto que comigo tem sido diferente, parece que comigo tudo é mais intenso, mais forte. Muitas vezes consigo ajudar meus amigos que estão assim, mas quando sou eu, passo por esses turbilhões sozinho. Quando busco ou até mesmo peço ajuda, ninguém consegue me ajudar. Tenho estudado, lido e buscado dentro de mim. Mas não sei. Vem-me que talvez eu esteja sendo preparado para algo maior do que eu possa imaginar.


Resposta:


Meu amado irmão. Alguns corajosos desse mundo vieram justamente com o propósito de se apresentar à frente no momento adequado. Vieram para suportar muito mais dores e restrições que outros. E você filho, é um desses abençoados irmãos que se propuseram a partir de sua própria purificação a auxiliar na elevação de muitos. Você é um daqueles que se prepara para que no momento adequado seja o farol de muitos, por isso seus processos são mais intensos meu irmão. Mas olhe a benevolência desse processo, pois você é um daqueles que se propôs a viver em uma única vida o que outros viveriam em várias. É uma questão de preparo da alma meu querido. Mantenha-se na humildade do coração, agradeça a oportunidade que tens, pois será ela que o conduzirá no caminho de sua própria elevação. E a partir de sua elevação, muitos serão os beneficiados. Esteja em paz.


Sou Serapis Bey.

Eu sinto no meu coração que eu estou presa a uma situação, tanto financeira quanto amorosa. Eu acabo não sendo quem eu realmente sou, quem eu gostaria de ser, e seguir a espiritualidade ao lado de uma pessoa que pense da mesma forma, e de quem eu realmente amo, mas jamais quero magoar alguém que me ama, pois eu não consigo ser feliz causando o mal para quem gosta tanto de mim. Então, minha pergunta é, se os meus mentores irão providenciar uma condição, para que esta situação se resolva de vez? Eu preciso ter paz, eu não estou sendo verdadeira comigo mesma. Espero ter conseguido explicar o que eu preciso. Gratidão.



Resposta:


Amada filha, vemos a ti encolhida, acuada, escondida em meio a todos os acontecimentos que ocorrem em sua volta. Não somente as pessoas, mas o meio onde vive, a sua rotina, tudo o que faz parte da sua vida, está lhe causando medo e tristeza. Você minha filha, ao viver dessa forma, acuada e escondida, está deixando guardado o que tens de mais precioso, que é o seu coração, a luz que irradia e brilha a partir do teu coração. Quando se fecha à realidade, quando tens medo e encolhe-se diante das experiências da vida, não permite que brilhe a sua luz, que irá primeiro trazer o amor que tanto busca a brilhar na sua vida e em ti, e depois irradiar também em todo esse entorno que precisa receber a sua luz. Não tens a obrigação de levar a luz ao externo, filha. Não há essa obrigação. Isso é algo que acontecerá naturalmente mesmo sem perceberes, a partir do momento em que permitir que brilhe dentro de ti. Deixando de ter medo das experiências e deixando de fechar-se à experiência nessa encarnação. Minha filha, se todos se fechassem diante de uma vida que não corresponde com os nossos sonhos e desejos, todos desistiriam da vida de encarnados. Mas para isso filha que estão aqui, para brilhar, e para que a partir da ideia que nasce no seu coração, de ver um mundo melhor, possa criar essa realidade dentro de ti e alimentar isso nos corações de todos a tua volta. Somente assim filha, poderá se libertar dessa prisão à qual se fechou. Abra os seus braços, faça esse exercício. Abra e permita entrar o amor, idealize e permita que se materialize o amor entrando em seu coração, vindo do alto. E então alimentando o que já está dentro de ti, como se fosse apenas um fogo que vem para acender essa tocha que você já tem dentro de ti, mas que estava apagada pelo medo. Acenda diariamente, receba a vida, e siga em frente lembrando que a tocha permanecerá acesa durante o tempo em que alimentares essa luz e esse amor dentro de ti. Essa luz atrairá para você, experiências de amor, abundância e realização, muito rapidamente. Apenas necessita manter a tocha acesa. Amo-te minha querida.


Mestra Nada.

Bom Dia Mestres. Gratidão por esse trabalho. Porque eu gosto tanto de ficar sozinha, de morar sozinha, eu até tento conviver com as pessoas, família, adoro ver gente na rua, sou super comunicativa, simpática, mas na minha casa prefiro estar sozinha com os meus gatos? Isso quer dizer o que? Sinto que posso ajudar mais as pessoas morando sozinha do que elas estando comigo, com isso eu prejudico pessoas? Grata!


Resposta:


Amada, apenas liberte-se do preconceito que alimenta por ti mesma em relação à vida que levas. Tu és livre para viver como manda o teu coração. Não está presa a nenhuma regra de sociedade e também muito menos aquilo que não lhe traz satisfação. Permaneça vivendo conforme direciona o seu coração e não haverá problemas filha. Siga em paz.


Mestra Rowena.

Amados Mestres, estou com uma profunda dúvida. Há mais ou menos dois anos encontrei meu Guru, e desde então sinto que minha vida se transformou, estou aprendendo a me equilibrar. Porém, ao mesmo tempo em que estou aprendendo a me interiorizar, e sentir esse amor que sempre esteve dentro de mim, nas duas vezes que pude vê-lo, também senti certa distância de meu Guru, houve pouca ou quase nenhuma comunicação entre nós dois, sinto que não consegui me aproximar dele, ou não me foi permitido. Isso faz minha mente questionar muito, se esse seria realmente o meu caminho?


Resposta:


Amado filho, a relação Guru/Discípulo está justamente na descoberta do seu Guru interior. A energia emanada pelo Guru e o seu exemplo de vida, serve como roteiro para o discípulo que, se observar atentamente, perceberá que a busca do Guru foi sempre pelo Eu Interior, e não pelo externo. Ao esperar a atenção do seu Guru, para de olhar para dentro de ti mesmo, e passa a sentir a carência afetiva em relação a ele. O Guru é o exemplo da autodescoberta, da autotransformação, ele nos traz formas de encontrar a luz, a paz e o amor interior por nós mesmos, e em nós mesmos, sem necessidade de seguir algo externo. Compreende filho? O Guru não persegue por alguém para se tornar Guru, ele espelha-se nos exemplos, para então encontrar a sua própria verdade.


El Morya.

Colaboração: Ilza Barreto