Steve: (http://goldenageofgaia.com) Pouco tempo atrás, pedi a John Smallman para perguntar a Saul como ser “Amor”.
É interessante notar que Sanat Kumara e eu tivemos uma discussão semelhante no programa Uma Hora Com o Anjo no dia 27 de abril de 2017.
Saul respondeu com uma discussão generosa do assunto, que eu acrescento aqui, com agradecimentos a John.
Saul: Bom dia, Steve. Obrigado pela mensagem com a sua pergunta que agora vou respondê-la inteiramente. No entanto, lembre-se de que, uma pessoa nem sempre está pronta para ouvir a resposta à pergunta feita no momento solicitado como você, sem dúvida, está bem ciente.
Portanto, seja paciente consigo aceitando-se amorosamente como se vê, neste momento. Liberte-se de todos os autojulgamentos negativos, eles são apenas distrações egoístas oferecendo problemas insolúveis para você tentar resolvê-los.
O coletivo humano, atualmente, está lidando com a enorme tarefa de liberar eras de valores sobre “questões fundamentais” individuais. Questões como ódio, amargura, ressentimento, ciúme, julgamento e culpa, às quais as pessoas, individualmente se apegaram como exigência da divina restituição por danos causados por seus sofrimentos pessoais. Engajar-se com os outros, em seus sofrimentos não é útil. Pretender enviar Amor a eles é extremamente útil e eficaz.
E estas questões, na medida em que surgem em todo o mundo, estão conduzindo a conflitos em todos os níveis da sociedade humana – conflitos pessoais, familiares, entre instituições religiosas, políticas e grupos étnicos, divisões entre pessoas de mesma nacionalidade e entre nações – e, todo este sofrimento é um resultado direto da tendência de se seguir a “orientação” do ego. Egos juntam-se em grupos para resolverem questões e acabarem em conflitos entre eles. Egos se deleitam com o conflito. Todo mundo tem desfrutado de assistir a dor ou o sofrimento de alguém que eles causam – mesmo em silêncio, secretamente e com a vergonha pessoal oculta ou não reconhecida – julgados como merecedores de punição e sentirem satisfação por seus julgamentos que, julgam terem sido provados corretos!
Os problemas da humanidade são insolúveis, na verdade, por serem inexistentes! Existem apenas problemas individuais. Problemas individuais que podem e serão resolvidos, quando o indivíduo optar por ignorar e não responder à orientação de seu ego e, em vez disso se abrir para o Amor. Isso, geralmente, não acontece de repente. A intenção é definida para, depois, ser repetida pelo menos, diariamente e, na medida em que a intenção se torna firmemente estabelecida, começar a atuar.
Isto é feito aceitando que todo ser humano, apesar de ser visto ou suspeitado ter se desviado de seu caminho, em sua própria visão pessoal, esteja num caminho espiritual e que realmente esteja fazendo de seu melhor. Todos acreditando que ele ou ela esteja fazendo de seu melhor, mesmo que não esteja fazendo muito bem. De certo modo, todos estão em negação, fazendo parte da experiência de separação que são questões centrais de uma pessoa que são negadas, por serem extremamente dolorosas e humilhantes.
A experiência da separação é cheia de vergonha, porque é um bloqueio ou recusa ao reconhecimento do Amor infinito de Deus por cada um de Seus amados filhos. É uma rejeição a Deus, mas que é vista como uma rejeição por parte d’Ele. Para uma melhor compreensão pode ser comparada ao ressentimento e rejeição que jovens adolescentes, as vezes têm de seus pais, enquanto crescem e aprendem a se tornar independente deles, embora deva ser considerado que nesse exemplo, por muitas eras, um grande número de crianças tenham sido severamente abusadas.
Frequentemente, os pais reagem com raiva e julgamento a esses comportamentos, porque sempre sentiram uma sensação de inadequação em suas habilidades na criação de filhos e, lhes parece que seus filhos estejam agora numa atitude de cobrança sobre isso, o que provavelmente é, não percebendo que é uma parte necessária do crescimento das crianças na maturidade adulta. Depois, quando as crianças amadurecem e seus pais tiveram tempo para pensar sobre seus comportamentos parentais e reconhecerem que as crianças, apesar de tudo, se tornaram adultos maduros, com sua própria maneira válida de viver suas vidas humanas, a aceitação entre as gerações acontece, reforçando o Amor que sempre esteve presente entre eles.
A única maneira de sair desse ciclo de conflitos e discordâncias, que se reforça num ciclo vicioso e que é extremamente dolorosa, algo como estar seguindo por um caminho ao longo de uma fita de möbius, para rompê-la par liberar todo julgamento do eu e dos outros – o julgamento de outros é, principalmente, a projeção de seus próprios pensamentos, palavras ou ações vergonhosas, não reconhecidas ou negadas – e, quando perdoar e aceitar a si mesmo e aos outros incondicionalmente, então o Amor irá fluir. Não precisará fazer nada, só precisa permitir que tudo o que estiver surgindo seja aquilo que é. Ao invés de julgar a si mesmo ou aos outros, veja através da máscara egoísta apresentada, pretendendo ver e responder ao Eu Crístico, o Eu Real, que reside permanentemente dentro de cada um de vocês.
A maioria das pessoas vive com um sentimento de inadequação pessoal porque, além de se julgar inadequada, se compara a outros que têm bondosas faces egoístas ou máscaras com as quais se apresentam ao mundo. Todavia, cada caso é um caso. Não existe escolha, senão viver assim e, para fazer isso, adequadamente, cada um deve aceitar a si mesmo tal como é. Ser um humano, com todas as falhas ou inadequações que julga ter, é uma escolha feita para ser apresentada com as lições destinadas a serem aprendidas.
E, claro, outros com quem você está intimamente envolvidos, estão a ajudá-lo e onde, por sua vez, você está a ajudá-los. As pessoas estão num caminho cooperativo para o Despertar. Aquela que optar por trabalhar sozinha, sem cooperar – qualquer que seja a razão que usar para justificar isso – estará escolhendo, neste momento, não despertar e se fechar ou se esconder do Amor, que está esperando com infinita paciência para fluir, através dela, quando permitir que isso aconteça.
Julgar a si própria indigna do Amor de alguma maneira, é uma escolha que a pessoa faz para se esconder de si mesma e isso, então, parece confirmar a ela a correção de seu senso de indignidade e, assim, não sentir a presença do Amor, embora esteja sempre com ela. Para isso, terá que abandonar todo o julgamento negativo sobre si mesma e permitir ou, se preferir, render-se ao Amor que está sempre lá, a esperá-la.
Por ter se julgado tão negativamente por tanto tempo, isso ficou muito arraigado dentro dela – especialmente se disse ou fez coisas para provar a correção desse julgamento – e assim, de inicio é difícil se render ao Amor, em vez de se esconder na desonra de sua firme crença de sua indignidade imutável. Irá parecer que nada que fizer mudará a situação. E isso, é claro, é verdade. Ela não poderá mudar a situação porque não existe nenhuma situação a ser mudada. Somente o Amor existe e Ele é você e todas as pessoas.
O que as pessoas podem mudar são suas crenças, comportamentos e atitudes que fluem a partir delas. Suas crenças são do ego. O Amor não tem crenças, Ele é e, o que é, é a própria Realidade.
Por isso, querido Steve, pretenda a todo o momento aceitar-se como é, sem tentar raciocinar como fazer isso e pergunte a si mesmo: “se Deus me ama incondicionalmente, como Ele certamente faz e não está nem um pouco mal-humorado comigo, por que eu não fazer o mesmo?” Você está de bem com Ele, é o amor ACEITANDO essa verdade e oferecendo a todos, especialmente a si mesmo. A seguir sinta-o. É delicado, gentil, pacífico, pouco exigente, suave e acolhedor e, então, agradeça com sua acolhida.
Enviando Amor em abundância,
Saul.
Canal: John Smallman
Tradução: Sementes das Estrelas / Candido Pedro Jorge
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