“Na Terra como no Céu!” Isso é o que a humanidade está buscando. No livro A Course in Miracles, Jesus fala sobre o “sonho feliz”, o lugar ou estado para onde Deus os levará para a Unidade com Ele.
O despertar da humanidade, o despertar de cada um é a entrada nesse estado, onde a paz perfeita prevalece no campo divino do Amor que é Tudo Que Existe. Nesse estado, tudo o que não estiver em completo alinhamento com o Amor se dissolve, porque, nada é Real e, somente o que é Real existe. O que é Real é eterno, sem começo nem fim.
O que experimentam como pessoas, o que lhes parece intensamente real, é apenas um sonho, muitas vezes um pesadelo, cheio de dor e sofrimento do qual irão despertar, porque, é impossível de se permanecer perdido no sono e sonhar indefinidamente.
Como humanos, o tempo em que dormem é um tempo destinado ao descanso de seus veículos físicos e restauração das energias que a atividade física ou mental exige e é usada. Enquanto o corpo dorme o eterno você, o Você que é UM, está onde sempre está, em paz na Unidade que é Deus.
O eu egóico, é um conceito muito pequeno, todavia muito alto e vociferante a respeito da separação, se tal estado fosse possível. É como uma parte separada do EU, com uma vida e mente própria. Ele, como o corpo, precisa descansar porque o conceito de separação é muito intensivo em energia e que usa a energia do corpo para os jogos em que se engaja.
O jogo principal é: “Estou sozinho e com medo e preciso ser amado e protegido” e, esse jogo é jogado numa variedade inumerável de maneiras, na medida em que, dentro da ilusão, uma pessoa tenta encontrar aquilo que perdeu, por optar em se esconder Realidade. Todavia, a Realidade não tem consciência do que é irreal.
A analogia mais simples é a de crianças pequenas brincando com personagens imaginários que elas percebem como reais, ficando chateadas, porque, seus pais não podem vê-las ou ouvi-las e, portanto, se recusam a acreditar nelas. Os pais podem fingir acreditar neles. No entanto, as crianças, instantaneamente, percebem, através, dessa fachada, porque as respostas dos pais são bastante inadequadas, devido às suas incapacidades de ver ou entrarem no mundo imaginário das crianças.
Na medida em que as crianças crescem, deixam para trás esse mundo imaginário e entram no “mundo real” de seus pais, a maior ilusão que substitui seu pequeno e individualizado mundo. Muitas vezes, o mundo da criança retinha memórias muito fracas da Realidade que estavam relutantes em deixar, mas que, na maior parte, tiveram que descartar, enquanto cresceram para trabalhar e se envolverem com a ilusão, com o “mundo real” de seus pais.
Todos que encarnaram como seres humanos escolheram experimentar a intensa e assustadora sensação de separação, prevendo lições que optaram aprender, juntamente com a sua principal tarefa, que é a de ajudar a humanidade a despertar. Mas, como observamos antes, na ilusão, uma vez encarnado nela como um ser humano, é vivida como intensamente real, tão real que, de fato, a lembrança da principal e vital tarefa, frequentemente, se torna impossível.
Nessa questão, o ponto principal é que a experiência humana é irreal, mesmo que pareça muito real, porque a dor e o sofrimento, as aventuras excitantes ou as vicissitudes amorosas trazem para a consciência consciente sentimentos extremamente intensos, tão intensos que a maioria das pessoas identifica-os como sendo delas próprias, ou pelo menos como uma parte essencial e inseparável de si mesmas. Sem sentimentos, a maioria pensa em si mesma como carecendo de uma identidade válida e, assim os sentimentos são muito valorizados.
Mas realmente, embora, muitas vezes, extremamente intensos, sentimentos e emoções são como o tempo, estados temporários que vêm e vão, que não duram. No entanto, eles podem ser e, muitas vezes são, mantidos, com a finalidade de prolongar sensações, sejam elas prazerosas ou dolorosas. No último caso, muitas vezes é numa tentativa de colocar a culpa em outro, imaginado ou acreditado ser o causador de sua dor ou sofrimento.
Outros não causam seus sentimentos, tais sentimentos são apenas reflexos de como cada um vê a si mesmo. O que os outros fazem é levar a consciência desses sentimentos para a vanguarda suas consciências. Se são profundamente dolorosos e vergonhosos, então, negam e projetam para longe de si mesmos, fora de suas consciências e para outro ou outros.
Quando se apegam a sentimentos que possam, então, reviver a intensidade de prazer ou dor que surgiram na primeira vez que os experimentaram, estes sentimentos podem fazer o que passaram, parecerem estar, novamente, acontecendo no presente momento, enquanto os revivem em suas mentes. No entanto, se acontecer algo que requeira suas atenções imediatas neste presente momento, por exemplo ao dirigirem seus carros, a memória que estavam revivendo desaparece para que possam se concentrar no momento AGORA.
O momento do AGORA, é o único momento que existe e onde, constantemente, estão sendo renovados como filhos perfeitos de Deus, no momento da Criação Eterna, onde sempre são perfeitos porque é assim que Deus os criou e, o que Ele cria nunca muda.
A mudança é a ilusão, que dentro da ilusão é constante, que está sempre tentando afastá-los da Realidade. Por outro lado, a Realidade está sempre a chamá-los para retornarem para casa, para o estado natural de alegria eterna, onde estão plena e eternamente vivos.
A vida é eterna, incessante, sem fim. Portanto, nunca deixam de viver. A morte humana, o passamento de um corpo humano, é apenas uma mudança de estado, uma saída da ilusão, de volta à Realidade, que nunca deixaram. Numa outra analogia: Quando assistem a um filme, vão ao teatro ou leem um livro e ficam totalmente envolvidos na história que se desenrola – as emoções surgem, surgem pensamentos e juízos que dizem respeito à história – então a história termina e vocês estão de volta em suas próprias vidas e história, que é bem diferente daquela em que, temporariamente, estavam envolvidos e se sentindo parte.
Suas vidas humanas são algo como isso. Mas, porque duram anos, em vez de um par de horas em que um filme se desenrola, é difícil saber e entenderem que é apenas uma história. Irão despertar para a realidade quando a história não mais fasciná-los, quando decidirem que aprenderam todas as lições que ela tinha para lhes oferecer.
Todos conhecem alguém que parece viver num mundo diferente do comum de todos os dias, que a maioria das pessoas experimenta. Muito bem, entendo que essa pessoa, apenas, tenha escolhido passar por uma experiência de vida mais individualizada dentro da ilusão do que cada um de vocês.
Suas experiências coletivas mais “normais”, não são muito diferentes da individualizada “anormal” dessa outra pessoa, entretanto, porque compartilham com outras pessoas, elas parecem mais reais para vocês do que a experiência que essa outra pessoa está passando e que entendem como irreal ou insana.
E, na ilusão, onde se sentem tão separados, apesar de suas experiências coletivas e semelhantes, é reconfortante pertencer a um grupo de pessoas com ideias semelhantes. E os grupos, como as pessoas, tendem a julgar outros grupos como menos válidos, bons ou valiosos do que os seus próprios. Na ilusão, poderia se dizer que existem, apenas, diferentes níveis de insanidade.
Muitos de vocês tiveram experiências ou foram apresentados com lições que alteraram drasticamente suas percepções, da vida e de si mesmos. Poderia ter sido numa reunião, ao interagirem com alguém, cujas crenças eram muito diferentes das suas, ou sofrendo um grave acidente ou alguma doença, ou mesmo uma experiência de Quase Morte. E, como resultado, alteraram suas abordagens da vida e com as outras pessoas porque, de fato, foi um grande “despertar” dentro de si que causou essa mudança.
Normalmente, quando esse tipo de experiência acontece, inicialmente, é muito perturbador. Contudo, na medida em que o tempo passa e cresce a aceitação dessa “nova” percepção de vida, ficam mais em paz consigo mesmos, mais capazes de “serem” e não mais buscarem a aprovação ou o encorajamento positivo em outros, tentando ser diferente de quem são. Acordaram sobre quem são e o que estão destinados a ser e sabem que isso é ótimo e inalterável.
Todos vocês, sem exceções, são filhos de Deus, amados e perfeitos, infinita e completamente aceitos como são, tal como Deus os criou, sempre UM com Ele, imutáveis e inalteráveis. Alegrem-se com o saber de que sempre são UM com a Fonte, que, claro, também, é cada um de vocês. UM significa Unidade e que só a Unidade existe e que, portanto, a separação é impossível, irreal, totalmente ilusória. Irão acordar para a Realidade, porque é onde eternamente estão. Apenas esqueceram disso por um momento.
Com muito Amor,
Saul.
Canal: John Smallman
Tradução: Sementes das Estrelas / Candido Pedro Jorge
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