O corpo humano como antena biológica
Segundo Gregg Braden, o corpo humano não é apenas uma estrutura física complexa, mas uma sofisticada antena biológica projetada para interagir com o campo universal de energia e informação. Esta perspectiva destaca a capacidade humana de perceber e responder a níveis profundos de realidade além do que é visível ou mensurável no mundo físico.
Gregg explica que cada célula do nosso corpo atua como um receptor, semelhante a uma antena que capta sinais. Esses sinais vêm não apenas do ambiente físico, como luz, som ou tato, mas também de um campo energético mais amplo e universal. Este campo contém informações que estão disponíveis para serem interpretadas e utilizadas pelo nosso sistema biológico.
A chave para esta conexão está no coração. Gregg enfatiza que o coração não é apenas um órgão que bombeia sangue, mas também um centro eletromagnético que emite e recebe informações constantemente. Seu campo eletromagnético é ainda mais forte que o do cérebro, tornando-o um nó essencial na rede biológica que conecta o corpo humano ao universo.
O campo universal, conhecido em várias tradições como “campo unificado”, “éter” ou “campo quântico”, contém todas as possibilidades de criação, transformação e evolução. O corpo humano é capaz de entrar em sintonia com este campo, permitindo-nos receber ideias, intuições e respostas a questões profundas.
Gregg destaca que, assim como uma antena precisa estar corretamente orientada para captar um sinal claro, o corpo humano necessita de um estado de equilíbrio e coerência para se conectar totalmente com o campo universal. Este estado de coerência é alcançado quando o coração, a mente e as emoções estão alinhados, permitindo-nos aceder a uma percepção mais profunda e precisa.
A Prática da Coerência
A coerência, segundo Gregg, é alcançada por meio de práticas como meditação, respiração consciente e cultivo de emoções superiores, como gratidão, amor e compaixão. Essas práticas geram um estado de harmonia interna que amplia nossa capacidade de captar informações do campo universal e utilizá-las de forma prática.
Quando estamos em coerência, o coração envia sinais claros ao cérebro, resultando num funcionamento ideal do nosso sistema nervoso e num maior acesso a estados intuitivos. Este processo não só melhora a nossa saúde física, mas também nos permite experimentar uma conexão mais profunda com a nossa essência e com o universo.
O conceito do corpo humano como uma antena biológica tem implicações profundas na nossa compreensão de nós mesmos e na nossa relação com o mundo. Convida-nos a ver-nos não como entidades separadas, mas como parte de uma rede interligada de energia e informação. Essa perspectiva pode transformar a maneira como tomamos decisões, resolvemos problemas e vivenciamos a vida.
Gregg conclui que, ao reconhecer e honrar a nossa capacidade como antenas biológicas, podemos navegar pela vida com maior clareza, propósito e conexão. Esta compreensão também nos prepara para enfrentar os desafios da era moderna a partir de uma posição de sabedoria e alinhamento com as forças universais.
A Convergência dos Ciclos e o Futuro Global
Gregg Braden examina os ciclos cósmicos, económicos e sociais que convergem para o ano 2030 e as implicações para o desenvolvimento da humanidade. Apresenta o conceito de “Convergência de Ciclos” como chave para compreender o momento crítico em que nos encontramos como humanidade.
Segundo a sua perspectiva, a convergência de ciclos implica a sobreposição de múltiplos padrões naturais, sociais e cósmicos que interagem e culminam num momento de transformação global. Estes ciclos não são aleatórios, mas fazem parte de uma rede dinâmica que liga o passado, o presente e o futuro do nosso planeta.
Do ponto de vista científico, Braden explica que os ciclos planetários, como os relacionados ao clima, às mudanças magnéticas da Terra e às flutuações solares, estão se sincronizando com outros ciclos históricos e culturais. Isto cria um período de intensificação onde velhas estruturas começam a desmoronar, permitindo o surgimento de novas possibilidades.
Por exemplo, a dinâmica geológica, como os movimentos tectónicos, não só afecta fisicamente a Terra, mas também influencia as sociedades humanas que dependem dos recursos naturais e do equilíbrio ambiental. Braden também destaca a importância dos ciclos históricos nesta convergência.
Ciclos cósmicos
Muitas civilizações antigas, incluindo as culturas Maia e Egípcia, compreenderam que os ciclos cósmicos e terrestres estão interligados com a experiência humana, e conceberam os seus calendários e sistemas de crenças com base nestes padrões. Segundo Gregg, estamos a entrar num ponto de viragem que estas culturas previram, uma janela de oportunidade onde as decisões coletivas determinarão a direção do futuro.
Na esfera social, a convergência de ciclos reflete-se no colapso dos sistemas económicos, políticos e sociais tradicionais. As desigualdades, as crises ambientais e as transformações tecnológicas estão a levar a humanidade a um ponto em que devemos reavaliar as nossas prioridades e redesenhar as nossas formas de coexistência.
Braden argumenta que este período não é uma catástrofe inevitável, mas sim um convite para evoluir em direção a um nível mais elevado de consciência coletiva. Gregg enfatiza que a convergência de ciclos não deve gerar medo, mas sim inspiração.
Este momento representa uma oportunidade única para alinharmos as nossas escolhas pessoais e globais com os princípios do equilíbrio e da sustentabilidade. Ao fazer isso, podemos criar um futuro mais harmonioso para as gerações vindouras.
A “Convergência de Ciclos”, apresentada por Gregg Braden, não é apenas um diagnóstico da nossa realidade, mas um apelo à ação. Convida-nos a aproveitar este período de transformação para construir uma civilização que honre a interligação entre o homem, a Terra e o Cosmos.
~ Entrevista com Gregg Braden por Alex Ferrari em “Next Level Soul” em 2024
Formatação e tradução – DE CORAÇÃO A CORAÇÃO