Mãe Maria – “O poder da alma”

Mãe Maria – “O poder da alma”

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Queridos amigos, eu os saúdo. Eu sou Maria.

Do nosso lado, estamos plenamente cientes de quanto a realidade da Terra pode lhes parecer pesada e densa. Mas saibam que estamos com vocês e nos aproximamos de vocês o máximo possível, de modo a poder apoiá-los. Sintam a nossa energia nesta sala. Percebam que há uma certa leveza aqui que deseja chegar a vocês. Então permitam-na. Eu venho com um número de crianças igual ao número de pessoas presentes aqui. Elas são as crianças que representam a energia de vocês. Em cada um de vocês vive uma criança; ela é a sua essência original; ela guarda algo da sua inspiração mais profunda. Vejam-nas à minha volta… sorrindo… dançando por aqui, alegres.

As crianças da Pamela e do Gerrit também estão aqui, e todos juntos formamos um círculo. Observe a criança que pertence a você, e permita que ela se aproxime e se sente ao seu lado ou no seu colo. Permita que ela fique com você e perceba como existe algo nessa criança que não é afetado pelo peso da realidade terrena. A criança tem algo de original, despreocupado e ilimitado. Perceba o sorriso radiante dessa criança e faça com que ela se sinta bem-vinda. A vida é feita para ser celebrada, para ser vivida com alegria. Você tem permissão para experimentar alegria em sua vida, e isto geralmente envolve as coisas mais simples.

Diga “sim” para você mesmo, do jeito que você é agora, com os problemas que estiver vivenciando, os sintomas físicos, talvez, e o estresse e preocupação. Simplesmente diga “sim” para si mesmo. Você está totalmente bem do jeito que está. Olhe nos olhos da sua criança interior e veja a beleza dela, sua natureza intocada, sua esperança, a vivacidade. Sua criança interior não desiste; ela quer viver. Geralmente são os seus próprios pensamentos que o prendem e detêm o movimento da vida em você. Sempre que você se sente travado, não são os seus sentimentos que estão presos, mas os pensamentos que chegaram a certas conclusões e interpretações que o fazem decidir “Eu estou preso.”

A vida é um fluir de energia, e existe algo em você que também deseja fluir. Isto não quer dizer que a vida seja sempre boa e prazerosa, mas que há sempre uma corrente presente em sua alma, que flui junto com os altos e baixos, com a sombra e a luz. Sempre que você resiste a essa corrente, você se trava e cria uma situação que parece ser estática. Entretanto, mesmo assim, a vida nunca está realmente parada.

O que acontece quando você é pego pela resistência, quando diz a si mesmo que as coisas não vão funcionar, quando faz um julgamento muito duro da sua situação? Na pior das hipóteses, acontece que você fica se sentindo muito mal a respeito de si mesmo e acaba desanimando e se encaminhando para um campo de energia que é o início da depressão; você se sente vazio e sombrio, obscuro e confuso. É isto que acontece quando você sufoca a energia e ela não consegue fluir, tornando-se uma zona de penumbra nebulosa.

Observe-se quando isso acontecer com você e veja se reconhece este padrão. Com algumas pessoas, isso acontece mais frequentemente do que com outras. Nos momentos da sua vida em que se sentir desanimado e pensar: “Estou muito sobrecarregado; não consigo mais fazer isto.”, leve sua atenção para essa sensação e então inspire profundamente e exale totalmente. Perceba que há muita coisa em seu interior que deseja se movimentar, que deseja viver, que deseja experimentar alegria – e confie nesse fluxo! Observe-se quando estiver tirando certas conclusões e perceba em que ponto você se trava. Sinta a diferença entre aquilo que deseja estar vivo em você e essa sensação de opressão.

Por trás desse julgamento há dor; então torne essa dor palpável. Sinta a tristeza por trás dela, sinta o medo. Permita que esse sentimento venha à luz: “Eu estou com medo; eu me sinto só.” Ouse encarar esses sentimentos, porque isto é a sua salvação. Ao permitir que esses sentimentos se revelem, você volta a se conectar com a vida, com aquilo que flui em você. No momento em que essas emoções são sentidas em seu corpo, você consegue confortá-las com sua luz interior – então experimente fazer isso.

Imagine que você traz luz para a dor que você sente em relação à sua vida. Crie um círculo de luz ao redor destas supostas falhas: os sentimentos de incerteza, solidão e medo. Imagine-se olhando para eles com compaixão e diga “sim” para todos eles: “Esta dor me pertence e eu a aceito como uma parte de mim”. É um alívio permitir que a dor esteja aí! Quando você observa a dor, a resistência, sem julgamento, as coisas começam a fluir novamente. Quando você se opõe à sua negatividade é que os problemas surgem e você fica preso neles mais do que o necessário. Abandone a resistência!

Tudo tem uma razão de ser, tudo tem uma origem que é válida. Acolha essas partes suas que você acha as mais difíceis, que têm as emoções mais pesadas. Imagine-se fazendo isso com uma energia que é viva, e permita que essa energia veja a criança em seu interior que ainda é alegre, vibrante e profundamente aberta para a vida. Esta criança é um símbolo da vida: ela é a sua força, a sua vitalidade; e nunca pode ser quebrada; ela é indestrutível! É o próprio Deus que flui através de você!

Permita que essa energia o limpe de preocupações e de tudo que o pressiona. Sinta-a como uma fonte em forma de cascata ao seu redor. Você tem permissão para ser quem você é. Dedique uns instantes para fazer uma retrospectiva dos últimos anos. Perceba o quanto você tem sido corajoso, como tem olhado diretamente para certas coisas. Por favor, veja o que você já realizou. Sempre existe algo que você aprendeu ou conquistou. Se não enxergar isso, é porque, provavelmente, não está olhando com sinceridade. Veja uma coisa concreta, algo que você gerenciou bem, algo com o qual você está satisfeito, e permita que isso surja por si mesmo. Encontre essa coisa da qual você sente certo orgulho e que o faz sentir-se bem; e ofereça a si mesmo esse reconhecimento. Dê nome às qualidades que você demonstrou. Foi coragem, perseverança? Foi honestidade, sinceridade, confiança? Reconheça essa ou essas qualidades em você. Ouse permitir que a corrente negativa em seu interior se transforme numa corrente positiva.

Eu digo “ouse”, mas isto pode parecer um tanto exagerado porque, em certo nível, você não deseja nada melhor do que pensar positivamente. Entretanto, existe também outro nível no qual você se apega à negatividade, porque isto é quase um vício. Às vezes a negatividade pode ser um tipo de esconderijo, pois lhe permite não ter que fazer nada. Se você diz para si mesmo: “Eu não posso fazer isto.”, o que você está dizendo de fato é: “Eu não preciso mais viver a vida; posso me retirar para esse lugarzinho que reservei para mim, e não preciso ser nem fazer mais nada.” Isto pode tornar-se um tipo de escravidão, uma desculpa para julgamentos negativos.

Reflita, por um momento, sobre qual seria a recompensa de olhar para si mesmo de uma forma tão crítica. Por que você faz isso? Existe alguma coisa nisso – mesmo que seja algo muito pequenino – que, de algum modo, faz com que você se sinta seguro? Que lhe dá uma certa segurança, mesmo que seja de uma forma meio distorcida? Talvez o fato de se diminuir e permanecer na rotina possa lhe dar uma sensação de segurança, mas, na verdade, isso é o medo do que lhe poderia acontecer se você participasse plenamente da vida.

Com “participar da vida” queremos dizer abrir-se para as experiências que chegam a você, ousando explorar novo território, entrando no desconhecido, e sentir autenticamente – isto é grandioso! Não tem nada a ver com o seu desempenho no mundo ou com o que você realiza, mas com o que você se permite sentir plenamente e mergulhar nesse sentimento. É grandioso entrar na profundidade de tudo o que a vida tem a oferecer em termos de sentimentos e emoções.

Entrar abertamente nessa grandiosidade é o real significado da vida, embora algumas vezes isto pareça demais para você. Perceba o que você faz para si mesmo quando se fecha e se rodeia com certos julgamentos da sua cabeça sobre o que é possível e o que não é possível acontecer para você, e sobre quais caminhos estão fechados para você. Na verdade, isso é uma pseudo-morte, na qual você entra quando não quer mais se envolver com a vida. Mas isto não pode ser; isto vai contra a própria vida. A morte não existe realmente; não existe uma paralisação absoluta, uma não existência, um não ser. Tudo o que é, é – existe. E graças a isto, a vida está sempre movendo-se e evoluindo; e continua em seu caminho e assume novas experiências. Peço-lhe que se abra para esse fluxo. Ele é um fluxo de amor, um fluxo de alegria que deseja estar com você.

Pegue sua criança pela mão e confie nela. É precisamente em sua inocência, em sua abertura e vulnerabilidade, que ela é a parte mais sábia em você, porque ela sempre escolhe a vida… repetidamente. A criança nunca se sente farta da vida! Permita-se entusiasmar-se novamente por meio da sua criança interior. Abra-se para a vida!

Por hoje, vou encerrar por aqui. Muito obrigada.

Maria

Canal: Pamela Kribbe           
Fonte primária: https://www.jeshua.net/channelings/mother-mary/high-sensitivity/
Tradução: Vera Corrêa – veracorrea46@gmail.com
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