A experiência de uma escritora em uma aula de arte não convencional abriu caminhos de cura para sua criança interior. Aprenda como sua criança interior também pode se beneficiar das artes visuais.
Quando vi que o itinerário final de uma viagem de imprensa explorando o condado de Thurston, no estado de Washington, incluía uma “Festa de pintura na InGenius! Gallery & Boutique em Yelm,” eu suspirei.
Desde que me lembro, minhas tentativas de criar “arte” obtiveram respostas que iam desde provocações gentis até conversa fiada. Consequentemente, a ideia de passar perto de duas horas fazendo arte (nada menos que às 9h30) me pareceu mais uma oportunidade de me lembrar que não tenho talento nas artes visuais.
Quando entrei nesta galeria local e conheci a artista Andrea Levanti, minha carga diminuiu um pouco. Ela nos recebeu contando como ela e seu companheiro Diego criaram a galeria durante a pandemia como um ato de cura. À medida que as restrições à pandemia diminuíram e as pessoas começaram a entrar na loja, ela observou como elas se conectavam intimamente com a arte local exposta.
Por que nutrir a criança interior com arte?
Levanti também ouvia histórias de pessoas que faziam aulas de arte apenas para serem informadas de que, como eu, não tinham o talento necessário para ser um verdadeiro artista visual. Levanti levou a sério os comentários de Brené Brown sobre as cicatrizes que carregamos conosco, com base em histórias negativas que nos foram contadas durante a infância.
Brown reflete: “Tal como nossa capacidade de amar e nossa divindade, devemos cuidar e nutrir as histórias que contamos a nós mesmos sobre a nossa criatividade e capacidade. Só porque não alcançamos algum padrão de realização não significa que não possuímos dons e talentos que só nós podemos trazer ao mundo. Só porque alguém não conseguiu ver o valor naquilo que podemos criar ou alcançar, não muda o seu valor, nem o nosso.”
Levanti decidiu que criaria maneiras mais intuitivas para as pessoas se conectarem com seus artistas interiores, o que provaria que esses pessimistas estavam errados. “Eu queria atrair pessoas que de outra forma teriam medo de fazer arte, criando aulas onde não houvesse projeto final. Como eu não estava dizendo às pessoas a maneira correta de desenhar, a pintura de cada um seria diferente.”
Como é capacitar a criança interior através da arte
Tanto nas aulas via Zoom quanto nas presenciais Levanti se esforça para capacitar seus alunos a fazerem esse trabalho por conta própria, mostrando-lhes como pode ser simples criar um desenho em aquarela. Ela demonstra várias maneiras de brincar com água, tinta e papel. Então ela os deixa ir. Como muitos outros alunos de Levanti, caí num estado de felicidade infantil. Senti que estava de volta à mesa da cozinha da minha infância, desenhando com os lápis de cor Crayola que minha mãe me deu como forma de me distrair para que ela pudesse cuidar das tarefas domésticas.
À medida que Levanti continuou a nos guiar gentilmente, nossa oficina de arte tornou-se mais uma brincadeira e menos uma aula de arte séria e estruturada. Eu senti como se estivesse pintando com os dedos por diversão, em vez de criar uma obra de arte séria. À medida que a sessão avançava, fiquei tão focada na beleza das cores que se desdobravam a cada pincelada, que não ouvi mais meu crítico interior julgando meu resultado. Mas eu podia ouvir minha criança interior gritando alto e claro, grata por tê-la permitido sair para brincar hoje.
3 passos para apoiar sua criança interior com arte
● Crie um espaço seguro para brincar. Antes da aula Levanti preparou a estação de cada artista com as ferramentas certas para criarmos nosso projeto de aquarela. Além de pinceis, água e papel, ela garantiu que tivéssemos à mão lanches fartos, como biscoitos, café e água com gás.
● Mantenha simples. O simples ato de ter um desenho em estêncil que eu pudesse decorar como quisesse parecia libertador. Eu não estava mais presa à ansiedade de criar uma peça com aparência profissional e poderia voltar minha atenção para fazer o que fazia bem ao meu corpo.
● Volte para o jardim de infância. A sensação de leveza evocada pelo workshop de Levanti pareceu acender minha alma, à medida que me conectei à diversão libertadora que costumava experimentar quando fazia arte quando era criança, antes que o tempo e o trauma sufocassem meu desejo de criar.
Criando Arte como Ferramenta de Cura
Como Levanti me lembrou, conectar-se com nosso eu interior pode curar a alma. “Somos seres naturalmente criativos. Quando isso é criticado, cortado e negado à expressão, ainda temos a esperança de nos reconectarmos com esse espírito”, reflete ela.
Levanti gosta de ver a criação de arte não como uma obrigação profissional, mas como um hobby. Essa reformulação nos afasta da rotina de produzir. Em vez disso, podemos aprender a nutrir a nossa criança interior, dando-nos espaço livre suficiente para desfrutar do processo de criação.
Como Levanti me lembra do valor desta abordagem infantil para a criação de artes visuais: “As crianças passam anos apenas explorando e experimentando coisas sem nenhum objetivo final em mente. Encontramos cura quando estamos em um espaço seguro, liderados por alguém que pode ajudar a nos guiar para vivenciar a arte através de nossos olhos infantis.”
Por Becky Garrison
Canal: Revista Spirituality Health
Fonte primária: https://www.spiritualityhealth.com/inner-child-art
Fonte Secundária: https://eraoflight.com/2024/04/11/heal-your-inner-child-with-visual-art/
Tradução: Sementes Das Estrelas / Iara L. Ferraz
