Nem mesmo a felicidade, que é um bem universal, deve ser imposta aos outros; na verdade, isso nem mesmo é possível. As reformas, quando alheias à vontade divina, só geram desarmonia.
Até o bem que praticamos deve ser ofertado com amor e respeito pelo livre-arbítrio dos semelhantes. Esse respeito se dirigirá, acima de tudo, à porção divina que existe neles. A caridade nunca deve privar os favorecidos de sua dignidade, que vem de Deus. Ao dar, devemos incentivar os outros a dar também alguma coisa em troca. Devemos fazê-los sentir nossa gratidão por seus serviços. Eles não serão beneficiados se tiverem de receber passivamente nossa generosidade.
Quando um lapidador de diamantes quer produzir uma bela pedra, sabe que deve cortá-la seguindo sua clivagem natural. O corte não pode ser feito ao acaso, para satisfazer alguma fantasia pessoal abstrata. O mesmo é verdadeiro quando desejamos extrair a beleza da natureza humana: devemos levar em conta a realidade dos outros e nunca tentar impor-lhes a nossa própria realidade.
À medida que a pessoa evolui espiritualmente, descobrindo a alegria e a centelha divina dentro de si mesma, é natural que deseje encontrar meios de transmitir seu ardente senso de felicidade e bem-estar aos outros homens. No entanto, desde logo aprende que tem de encarar as coisas como são.
~ Do livro: “A Sabedoria de Yogananda – Como ser feliz o tempo todo”
Formatação – DE CORAÇÃO A CORAÇÃO