Quando realmente começamos a liberar, o que precisa vir à tona, vem.
A mente pode não querer que esse material surja; como eu disse, muitas pessoas espiritualizadas, sem saber, utilizam a disciplina espiritual para suprimir seu inconsciente.
Quando deixamos de reprimir, nosso inconsciente começa a surgir e a se revelar.
O que fazemos com esse material inconsciente que vem à tona? Nada. Simplesmente permitimos que se revele. Não precisa ser analisado.
O que surge, na maioria das vezes, é um conflito não resolvido em nosso interior: emoções que nunca nos permitimos sentir plenamente, experiências que nunca nos permitimos vivenciar plenamente, dores que nunca nos permitimos sentir plenamente. Tudo isso surge.
Esse material interno não resolvido anseia por ser vivenciado plenamente, sem ser relegado à inconsciência.
Assim, quando nosso material reprimido surge, precisamos permitir que ele surja sem reprimi-lo. Sem analisar, permitimos que esses sentimentos sejam vivenciados no corpo, em nosso ser, e se desenvolvam como quiserem.
O que você descobrirá se fizer isso é que, seja qual for o tipo de dor, seja emocional, psíquica, física, espiritual ou outra, esse material reprimido surgirá, se revelará, será experimentado e então desaparecerá.
Se não passar, você saberá que em algum lugar há resistência, negação ou indulgência – o que é bom reconhecer, porque lhe dá a oportunidade de abandoná-lo mais uma vez.
Adyashanti
Fonte: https://adavai.wordpress.com/
Tradução: Ivete Brito – adavai@me.com