Pode um homem percorrer os caminhos do erro e da imperfeição e perder-se muitas vezes na encruzilhada do destino; há-de chegar a hora, o instante, o momento lúcido em que se descobre a si próprio e ordena a sua vida, não em função do dinheiro ou da glória, do poder ou do prazer fácil, mas em busca de uma paz interior e de uma consciência do espírito que lhe dão mais segurança e fé no futuro.
A Humanidade inteira, no dealbar do novo milénio, está carente de luz. De uma luz brilhante que promova o afecto, a espiritualidade, a sinceridade da alma, o humanismo, a solidariedade. É preciso preencher o vazio da sociedade de consumo, combater o materialismo exacerbado, “humanizar” o próprio homem. Mais vale um “homem-erro” capaz de se educar, de se aperfeiçoar, de chorar, de sentir, de sorrir, do que um”homem-máquina” sem alma, sem sentimentos, escravo das modas e das ideologias do consumo.E a reconciliação com a nossa própria história que nos coloca no caminho mais seguro. E a história, feita de guerra e paz, tem de ser assumida como uma caminhada. Às vezes, esgotamo-nos, cansamo-nos, perdemos tempo com banalidades, mas logo reganhamos o fôlego necessário para recuperarmos o tempo perdido…
Fonte: https://portaldobudismo.com
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