Sarah Varcas – “22 de Agosto de 2021: Lua Azul no Grau 30 de Aquário”

Contração Congelada & Liberação Expansiva

Esta lua azul completa um período de recalibração mental que começou com a lua cheia do mês passado). Ocorrendo no grau final de Aquário, ele desbloqueia os planos mentais mais expansivos que foram amplamente negligenciados pela humanidade por muito tempo. Às vezes referida como a “mente superior”, esta é a parte de nós que vê com clareza surpreendente a natureza deste mundo e as forças dentro dele; a verdade sobre nós mesmos e os impulsos dentro de nós; a natureza uns dos outros e a teia que nos conecta em um destino comum. Esta lua expõe, por dentro e por fora, quem e o que está no assento do motorista, e para onde eles nos levarão se permitirmos!

O grau final de qualquer signo é um ponto de grande desafio e muito poder. Aqui não temos escolha a não ser lidar com as questões levantadas, não importa o quanto tentemos evitar com rejeição, transcendência ou a simples e velha supressão! Simplesmente não podemos evitar sua presença. Devemos ficar de frente, ficar de pé, aparecer. Engolir nosso orgulho e medo, nossa ignorância e confusão, e nos oferecer ao poder purificador da visão clara e da incorporação completa de tudo o que somos. Nada de usar a ótica da lente cor de rosa ou os óculos escuros da vergonha. Só você e eu. Honesto. Confuso, enrolado, costurado! Tão longe de quem queríamos ser, talvez … mas tão profundamente, linda e intimamente quem realmente somos. Em toda a nossa complicada glória!

O Golpe Longo

Esta lua azul irradia a luz da sabedoria penetrante e expansiva. As percepções e experiências disponíveis neste momento podem mudar tudo se permitirmos. Mas podemos ter que liberar algumas crenças preciosas, perspectivas e auto-imagens para que elas façam seu trabalho. Não somos quem pensávamos ser. É simples assim. E isso é devastador. Tudo o que construímos em nossa vida, nossa identidade, nossos relacionamentos ao redor, agora está sendo revisto. Não segure nada. Esteja preparado para deixar tudo ir, se necessário. As demandas desses tempos são como nenhuma que conhecemos. Não há como escapar, não há cartão para sair da prisão, nem atalho para a liberdade. Fomos apanhados em uma longa armadilha desde sempre: um jogo complicado de espelhos, como num parque de diversões, e decepções em massa. E sejamos honestos: parte disso tem sido muito divertido! Mas foi apenas um jogo. Simplesmente finja. Estamos nos aproximando do portão de saída do parque temático humano com todos os seus passeios assustadores, desafios emocionantes, doces guloseimas e erros decepcionantes. Quem sabe o que está lá fora? Já se passou muito tempo desde que estivemos lá. Podemos ao menos lembrar, no fundo de nossos ossos, como acabamos aqui? Ou de onde viemos originalmente?

Apresentando Sedna

Esta lua azul inicia uma contagem regressiva para o renascimento. Mas mesmo essa expressão, excessivamente usada, empalidece antes das transformações que vêm em nosso caminho. O trabalho será longo, sim. E muito disso será difícil. Precisaremos de resistência, coragem e corações animados que saibam amar para ser uma nova realidade. Talvez a primeira REALidade que já conhecemos de verdade.

O árbitro dessa contagem regressiva é a relativamente nova chegada ao cenário astrológico, Sedna, que reside muito, muito longe, nas profundezas do espaço. Eu estarei compartilhando mais sobre sua missão em andamento em breve. Mas basta dizer que sentou-se no ápice de uma Quadratura em T para o Sol e esta lua azul, ela está atualmente presente para nós de forma visceral. Sedna é a deusa Inuit das águas congeladas que vive nas profundezas do oceano, prendendo as almas dos mortos e retendo comida daqueles que dependem de sua generosidade. Ela foi lançada nas profundezas geladas por seu pai quando ele a jogou ao mar para se salvar. Então, enquanto ela se agarrava para salvar sua vida ao lado de seu barco, ele cortou seus dedos e ela afundou no fundo do oceano.

Sedna fala de traição, ressentimento e vingança; de emoção congelada, como nos agarramos, por que agimos e o que acontece quando finalmente nos rendemos ao nosso “destino”. Ela é uma força intimidante e imponente que deve ser apaziguada; a mãe contida que exige um pedido de desculpas antes que o amor seja restaurado. Ela é cada parte de nós que não podemos suportar ver, lembrar, experimentar, admitir. Ela é a sombra da humanidade e o vazio em sua essência. Sedna está se recuperando neste momento, pois o que antes estava escondido nas profundezas geladas agora está flutuando na superfície para que todos possam ver. A sombra coletiva nunca foi mais aparente, mais insistente, lutando mais desesperadamente por sua própria sobrevivência.

Sedna se esconde na escuridão do espaço e nos oceanos congelados, controlando o suprimento de sustento para a humanidade. As criaturas do mar ganharam vida de seus dedos decepados: alimento vital nascido do trauma horrível da traição final. Vejo Sedna na humanidade nos últimos dezoito meses: agarrando-se à lateral do barco, desesperada para ser salva por aqueles que nos disseram que nos protegeriam. Apenas para ter nossos dedos cortados, nossas esperanças frustradas, nossa confiança traída, nosso futuro sacrificado. A traição final exposta a todos com olhos para ver.

Mas então, quando parece que tudo está perdido … nova vida – nascida daqueles dedos cortados. O horror se torna a gênese de algo completamente novo.

Da identidade pessoal à consciência expandida

À medida que mudamos da Era de Peixes para a de Aquário, uma preocupação com a cura pessoal para o auto-aperfeiçoamento se transforma em um movimento coletivo para criar nosso futuro compartilhado. Esta lua azul em Aquário expande a mente para se alinhar com esta visão mais ampla. Para reconhecer onde estamos congelados no nível pessoal de identidade quando precisamos de consciência expandida para dar o próximo passo. Inúmeras esperanças e sonhos foram destruídos nos últimos dezoito meses. Muitas vidas são agora uma mera sombra de seu estado anterior. Se este for o seu caso, permita a tristeza e a raiva, o ressentimento e a resistência, sim. Mas não fique paralisado em suas profundezas geladas. Nesta lua azul, o formidável Sedna nos alerta para os perigos de uma visão reduzida que só pode comparar o presente com o passado, ou projetar em um futuro cada vez mais escuro. Nunca foi tão importante cultivar uma visão expansiva que permite todas as possibilidades e potencialidades. Pois somente então podemos apreciar os muitos cronogramas apresentados diante de nós e selecionar com cuidado aqueles que escolhemos seguir.

A presença de Sedna significa a escuridão mais intensa da sombra pessoal e coletiva emergindo à luz do dia. Mas à medida que emerge, congelado, das profundezas, ele lentamente começa a derreter diante de nossos próprios olhos, derrotado pelo calor radiante de nosso olhar firme e destemido. Com certeza a água gelada derretida pode tirar nosso fôlego. E alguns podem ser varridos por ela completamente. Mas a mais definitiva de todas as chuveiradas frias não pode deixar de nos acordar! Então, nada nem ninguém das sombras nos controlará novamente.

É sempre mais intenso um pouco antes do amanhecer!

Em conjunção com o nodo norte desta lua azul, encontramos o asteróide Ceres, a deusa romana dos grãos que sofre profundamente por sua filha Perséfone, perdida no mundo subterrâneo. Como Sedna, ela também retém comida para marcar seu sofrimento e, juntos, eles expõem o custo devastador de uma descida unilateral até o congelamento profundo de nossa dor pessoal. Tanto Ceres quanto Sedna refletem ciclos de sustento generoso e amarga retenção, contração congelada e liberação expansiva. Esses ciclos são particularmente rígidos neste momento e estão se tornando ainda mais rígidos! Eles ecoam por todo o tempo e espaço, transportando-nos da dimensão pessoal da cura para o reino coletivo do despertar. À medida que nos separamos da teia enganosa que nos trouxe aqui hoje, somos libertados de tudo o que nos prendeu, mesmo quando acreditávamos que éramos livres.

Nunca fomos livres. E sempre fomos livres. Mas agora, com esta lua azul nascendo, vem a coragem de remover todos os bloqueios e filtros – e finalmente, sem medo, enxergar.

Sarah Varcas