Melanie Klein, uma grande psicanalista austríaca, considerada pós-freudiana, publicou um livro “Inveja e Gratidão”, onde se abriu portas para mais compreensão sobre o tema.
Quando existe uma relação invejosa, somos movidos para destruir o objeto invejado, em um processo inconsciente de tomar o que o outro tem. Porém, quando não é possível destruí-lo, recalcamos o movimento destrutivo e começamos a ter ações de imitação, principalmente se precisamos dele.
No entanto, quando há gratidão verdadeira, há também admiração, em que, possivelmente, surge uma retribuição por algo de bom que a pessoa admirada está gerando em nós, mesmo que seja através da inspiração positiva que os atos dela nos desperta.
Cuidado com pessoas bajuladoras! Muitas pessoas invejosas irão usar de uma posição de submissão para poder se aproximar de quem elas invejam e compartilhar do que elas gostariam de ter para elas e não conseguem sozinhas. Por trás de tal bajulação, há uma intenção negativa de destruir a pessoa invejada e, quando surge a oportunidade, vem o susto: “fui traído”. Na verdade, nunca se tratou de uma relação de sentimentos genuínos, pelo menos não de ambas as partes.
Referência: Melanie Klein, 1957.