Os 3 Reis Magos - Sementes das Estrelas

Os 3 Reis Magos

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Entre os fatos que conheceis através da tradição bíblica, há o dos “Reis Magos” que, vislumbrando uma estrela no Oriente, e acompanhando-a, puderam des­cobrir o local em que nascera Jesus.

Precisais saber, primeiramente, que os reis magos eram avançados astrólogos, testamenteiros da sabe­doria dos sacerdotes lemurianos, atlantes, semurianos, babilônicos, caldeus, egípcios e outros. Devido à sua longa experiência e ao conheci­mento da tradição na esfera astrológica, os reis magos sabiam que a poderosa conjunção de Saturno, Júpiter e Marte, no campo astronômico da Terra, facilitaria a manifes­tação, em vosso mundo, de Alta Entidade, vinda dos planos excelsos.

Compulsando os livros sagrados de todos os povos, verificaram, emocionados, que a época por que passavam coincidia, perfeitamente, com a do advento do esperado Messias, o Sublime Príncipe da Paz, aguardado pela fé dos homens aflitos. Sabiam que angélica entidade, cuja aura envolvia o orbe terráqueo, deixar-se-ia oprimir, em angustiosa descida, para se submeter ao “sacrifício cósmico”, e sua refulgência íntima poder aflorar com êxito à superfície da crosta onde atuava o homem-carne.

E a soberba conjunção, a mais poderosa e eficaz de todos os tempos, forneceria o “quantum” magnético desejado, para que o Sublime Anjo, através de fluidos astrais já balsamizados, pudesse atraves­sar com êxito a aura da Terra, obscurecida pela densa corti­na das paixões inferiores.

Melchior, Gaspar e Baltazar — como se chamavam — sábios e poderosos magos brancos, cujos conhecimentos já os notabilizaram em reencarnações anteriores na Atlântida, previram com exatidão a chegada do Avatar Divino, cuja Luz Salvadora se transfundiria, através da carne, na pessoa de Jesus de Nazareth, filho de José e de Maria. A humanida­de terrícola, escrava ainda das forças primárias animalizadas, que estruturam o corpo físico, poderia — graças ao sublime esponsalício do Cristo Planetário com a humanida­de terrena — receber o tão esperado socorro divino e apres­sar a sua libertação por meio desse elo mais eletivo do Cria­dor. Impelidos pela força de sua convicção iniciática, alicer­çada na ciência astrológica, os três reis magos se puseram a caminho, decididamente, para o local em que a divina crian­ça desabrochara para o holocausto salvador do homem!

Eis o que diz Mateus, no capítulo II, versículos l e 2, do Evangelho segundo o seu nome: — “Tendo pois nascido Jesus em Belém de Judá, em tempo do rei Herodes, eis que vieram do Oriente uns magos a Jerusalém, dizendo: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Viemos adorá-lo, pois vimos a sua estrela no Oriente”.

Embora residindo em localidades opos­tas, e desconhecendo-se entre si, puderam assinalar, concomitantemente, o momento da portentosa mensagem sideral. Sabiam ser aquela memorável conjunção astrológica de Saturno, Júpiter e Marte a mais sublime oportunidade para descer um Messias à Terra, sob a mais requintada dosagem de magnetismo de que já se tivera conhecimento em toda a tradição astrológica.

Assim como os astrônomos terrestres, através de exaustivas observações e de cálculos complexos, prevêem a aproximação de astros ou determinam os minu­tos exatos de cada eclipse no céu, os três reis magos, como astrólogos consumados, também sabiam que, por detrás daquela conjunção inigualável, preparava-se a mais sublime revelação ao homem!

Oriundos de países diferentes — Ará­bia, Pérsia e Índia — seu encontro pessoal coincidiu nas adjacências de Jerusalém, quando repousavam nas tendas de mercadores. E, como se harmonizassem dentro de outro admirável símbolo, reproduziram, nesse encontro inespera­do, realizado na superfície terráquea, a miniatura da mesma conjunção majestosas dos três astros que purificavam o magnetismo do ambiente para que o Avatar Divino se ajustasse ao mecanismo biológico do homem-carne.

Eles tomavam parte em um plano que escapa ao vosso entendimento, pois ainda não podeis com­preender as inconcebíveis operações siderais que prepara­vam o advento glorioso em que a luz do Cristo Planetário devia se manifestar na carne humana. A técnica do Cosmo exige providências as mais complexas nas descidas sacrificiais, como no caso de Jesus, que foi o Divino Eleito para isso.

Embora se tratasse de acontecimento de maior profun­didade no campo divino, enquadrava-se ele no determinis­mo de outras leis superiores. Por isso, muito antes da higienização do magnetismo ambiental da Terra, candidata à visita do elevado Anjo do Senhor, foi preciso preparar a esfe­ra de pensamentos simpáticos à índole do Enviado, a fim de que pudesse ele encontrar a receptividade necessária para o êxito de sua missão.

No seio de uma humanidade escraviza­da às mais repulsivas paixões da índole animal, a mensagem que o Messias deveria trazer exigia um campo mental eleti­vo para sua rápida propagação e evolução dos humanos. Quando, se dá a descida de um Instrutor Espiritual, elabo­ram-se planos, antecipadamente, a fim de que se estabele­çam nos mundos físicos as antenas vivas que devam operar em sintonia com o pensamento progressista do mesmo. Para a descida de Jesus, tomaram-se providências com muita antecedência, visto que inúmeros Espíritos o deviam prece­der, para formação da abóbada espiritual protetora do divi­no Ideal projetado.

A intervenção tenaz e desagregadora das forças das trevas sempre procura prejudicar todas as providências siderais que possam modi­ficar o ambiente vibratório favorável aos seus perversos pro­pósitos. A tradição bíblica nos dá conta das várias vezes em que Jesus foi assediado pelos mentores diabólicos, das som­bras, bem assim das continuas intervenções que os mesmos levavam a efeito junto aos pudores constituídos e às sedu­ções humanas, para atrapalhar ou comprometer o trabalho sublime do Mestre. Só a coesão e a garantia daquelas ante­nas vivas, a que já nos referimos, que se disseminavam por todos os setores de expressão humana, no sacerdócio, no povo, na direção do país e mesmo entre os adversários da raça hebréia, é que puderam manter em equilíbrio o serviço messiânico de Jesus.

Assim, quando o Messias manifestou-se à Terra, já estavam devidamente agrupadas, no plano material, todas as almas afins, que se congregariam para o bom êxito da missão crística. Embora vivendo sob os vários aspectos humanos, de raças, de crenças, de costumes, de posições sociais ou capacidades intelectuais, esses eletivos sentiam, em espírito, a aproximação do Divino Senhor.

Desde a simplicidade dos futuros apóstolos, em suas vidas de pobreza, nas barcas de pescadores, até as inteligências poderosas dos reis magos, dos iniciados essênicos e de filó­sofos do quilate de Filon, a palavra de Jesus se fortaleceria, apoiada pelas correntes afetivas, unidas para um mesmo ideal!

Qual santificado exército, espadas em riste, para a sagrada batalha da Luz contra as Trevas, os devotados ao Messias apenas aguardavam o divino sinal para se moverem nas sombras do mundo e sucumbirem no sacrifício doloro­so a favor da idéia crística.

Conjugados aos grandes inicia­dos essênicos, que nos seus templos já haviam recebido, por via mediúnica, a notícia da chegada do Messias, os reis magos representavam o potencial exigido no mundo exte­rior, para as transfusões de energias “psicofísicas” ao “menino-Luz”! Magos poderosos, afeitos absolutamente ao bem, comandando no astral poderosas falanges a serviço da causa, significavam potentes recursos que o Alto mobilizara para o maior êxito crístico na Terra!

No simbolismo da mirra, do incenso e do ouro oferta­dos ao menino Jesus, oculta-se uma das maiores revelações espirituais, só compreensível aos já iniciados no quarto plano da escadaria ascensional septenária.

Os reis magos foram os criadores, na Terra, de uma extensa “aura mental” favorável ao advento de Jesus, assim como as escolas dos Vedas, na Índia, ampliaram o campo mental para o êxito de Buda. Inúmeros discípulos que, no futuro, multiplicaram os conceitos crísticos, já haviam rece­bido desses excelsos reis magos, antes da vinda do Cristo, as noções precisas para a cooperação no campo evangélico do Mestre.

Melchior descendia de linhagem principesca, de velhos reis árabes, que dominavam faustosos agrupamentos na Arábia e, em sua mocidade, fizera profundo voto de renún­cia ao mundo profano. Fundou magnífica instituição iniciática de conhecimentos do Cosmo, situada no monte Horeb, espécie de templo e escola ao mesmo tempo, sob cujo teto algumas dezenas de discípulos elevaram as suas vibrações mentais até às esferas eletivas de Jesus.

Junto ao rio Indo, nos montes Zuleiman, o mago Gaspar, conhecido como o príncipe de Bombay, dirigia outra avançada instituição de aprimoramento espiritual, ensinando como desenvolver esforços heróicos para se vencer a “Maya”, a ilusão da maté­ria, em troca do conhecimento da Verdade Eterna. Os ensi­namentos ministrados por Gaspar também entravam em sintonia com as vibrações do Avatar Jesus. Os adeptos cul­tuavam a meditação contemplativa e a busca do “Eu Sou”, enquanto perpassavam as suaves brisas impregnadas do misterioso perfume do lótus imaculado, que desabrochava nos pequeninos lagos incrustados nos tapetes de vegetação aveludada da região que habitavam.

Finalmente, Baltazar, o mais velho dos reis magos, era o guia experimentado de um punhado de homens solitários, habitantes da Pérsia, estu­diosos dos mistérios iniciáticos das tradições de Zoroastro e do culto firmado no Zend Avesta. Junto ao Golfo Pérsico, ante o quadro poético dos regatos que desciam das colinas de Sagros, eles criavam poderosas fontes de energias espiri­tuais, que em divina sublimação se casavam com a vibração do campo magnético em que o Cristo haveria de descer, para o grande momento sacrificial!

Disseminados pelos templos habilmente disfarçados, nos montes tradicionais, só conhe­cidos de adeptos da “iniciação interna”, os Essênios também vibravam, alimentando as correntes energéticas, que favore­ceriam a manifestação do Cristo à aura externa do orbe ter­ráqueo.

Estudando as tradições esotéricas dos Profetas, os ensi­namentos de Krishna, na Índia, de Pitágoras, na Grécia, dos sacerdotes de Osíris, no Egito, e dos remanescentes das Fra­ternidades organizadas por Samuel, os Essênios “internos” viviam a vida contemplativa, em sintonia mental com o templo-escola de Gaspar, obedecendo a disciplinas muito pare­cidas com a dos Pitagóricos. Apenas os Terapeutas, da Ordem Exterior Essênica, é que operavam diretamente entre os povos, desempenhando as obrigações comuns de agricul­tores, carpinteiros, cientistas ou artistas.

Fonte: http://ensinamentos-esotericos.blogspot.com/2016/05/os-reis-magos-ramatis.html

Nota de Neva (Gabriel RL): Mestre El Morya foi o Rei Mago Melquior, Mestre Ramatiz foi o Rei Mago Baltazar e Mestre Djwal Khull o Rei Mago Gaspar.

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