Kate Spreckley – “O convite”

Kate Spreckley – “O convite”

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Não me interessa

o que você faz para ganhar a vida.

Eu quero saber

pelo que você anseia

e se você se atreve a sonhar

por aquilo que o seu coração anseia.

Não me interessa saber

qual é a sua idade.

Eu quero saber

se você se arriscará

a parecer um tolo

por amor

pelo seu sonho

pela aventura de estar vivo.

Não me interessa saber

quais sejam os planetas

em quadratura com a sua lua …

Eu quero saber

se você tocou

o centro de sua própria tristeza

se as traições da vida o abriram

ou se você se encolheu e se fechou

por medo da sua dor.

Eu quero saber

se você pode suportar a dor

minha ou sua

sem tentar escondê-la,

ou desvanecê-la,

ou reprimi-la.

Eu quero saber

se você pode estar com alegria

minha ou sua

se você pode dançar com abandono

e deixar que o êxtase o domine

até as pontas dos dedos das mãos e dos pés

sem nos advertir

para sermos cuidadosos

para sermos realistas

ou nos lembrarmos das limitações

de sermos humanos.

Não me interessa

se a história que você está me contando

é a verdade.

Eu quero saber se você pode

decepcionar o outro

para ser verdadeiro consigo mesmo.

Se você pode suportar

a acusação de traição

e não trair a sua própria alma.

Eu quero saber se você pode ver a beleza

mesmo que não seja não seja bonito

todos os dias.

E se você pode buscar a origem da sua própria
vida

na presença de Deus.

Eu quero saber

se você pode viver com o fracasso

seu e meu

e ainda estar na beira do lago

e gritar para a lua cheia,

“Sim.”

Não me interessa

saber onde você mora

ou quanto dinheiro você tem.

Eu quero saber se você pode se levantar

depois de uma noite de tristeza e desespero

esgotado e ferido até os ossos

e fazer o que precisa ser feito

para alimentar os filhos.

Não me interessa saber

quem é você

ou como você veio até aqui.

Eu quero saber se você irá ficar comigo

no centro do incêndio

e não recuar.

Não me interessa

onde, ou o que, ou com quem

você estudou.

Eu quero saber

o que o sustenta

interiormente

quando tudo desmorona.

Eu quero saber

se você pode ficar sozinho

com você mesmo

e se você realmente gosta

da sua companhia até nos momentos vazios.

O SONHADOR DA MONTANHA ORIAH

Autor: Kate Spreckley
Fonte: http://www.spiritpathways.co.za
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
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