Daniel Danguy – “Apontamentos essenciais para realizarmos o nosso propósito divino”

Daniel Danguy – “Apontamentos essenciais para realizarmos o nosso propósito divino”

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O propósito divino não é algo estático e não se limita a tarefas materiais. Ele está conectado com o propósito maior da vida: gerar harmonia, cura e evolução. Ele é uma maneira de transformarmos a sombra individual e coletiva; um caminho de crescimento e amor, o qual possibilita que coloquemos a nossa energia mais pura em movimento, servindo a nós mesmos, aos outros e ao planeta.

Seguir o propósito divino vem acompanhado de desafios de diferentes ordens, e o medo é o principal obstáculo. Este vem mascarado de preguiça, insegurança, procrastinação e boicote. Ele pode se expressar no pensamento enraizado de incapacidade e na crença de que se deve ser perfeito para ter sucesso.

Se analisarmos grandes personalidades, pessoas que tiveram sucesso em suas vidas, seja com algum talento, algum empreendimento ou serviço de caridade, nos deparamos com as muitas pedras nos caminhos deles. De fato, o lótus de um bom trabalho pode nascer da lama alimentada pelo medo. Eu falo que “pode”, pois é preciso agir. É necessário nadarmos em direção ao nosso propósito e não ficarmos esperando que alguém venha a nos dizer o que fazer ou que algum milagre nos coloque, instantaneamente, na direção pretendida. Se for assim, o seu propósito será apenas um potencial e não se concretizará.

Se escutarmos o nosso coração, tudo fica mais fácil. Aquilo que nos movimenta intensamente, mesmo em momentos difíceis, deve ser valorizado. Seguindo a nossa bússola interna e o que nos traz alegria, os desafios se transformam em pequenos pedregulhos, ao invés de muros gigantes.

Ao nos colocarmos na mandala da motivação de ser um canal de amor na Terra, tudo começa a conspirar ao nosso favor. A nossa energia reflete boa vontade e com isso, notamos que somos importantes para o universo. Oportunidades começam a surgir, pois estamos utilizando o que for possível para que nossa missão seja realizada, e os nossos guias espirituais se deleitam, já que aguardam, pacientemente, pelo momento em que você desperta para esse movimento.

Aqui estão algumas perguntas para acessarmos o nosso propósito de vida:

1- O que faz meu coração vibrar?

O que gosto de estudar, de assistir, de conversar, e quais pessoas tenho como inspiração são bons norteadores para reconhecimento do tipo de canal que sou para a vida. Estes elementos norteadores indicam quais são os meus valores, aquilo que é mais valoroso e importante para mim. Para a realização do propósito divino, eles são os protagonistas. Lembrar do que eu gostava de brincar quando criança, também pode ajudar.

2- Se eu não precisasse pensar em resultados financeiros, o que eu faria da minha vida?

Às vezes, o dinheiro é a principal motivação no trabalho e isso pode gerar um desgaste imenso. Precisamos lembrar de que o dinheiro é energia e simboliza um movimento de troca. Ter uma conta bancária abundante e diversos bens materiais, por si só, não traz prosperidade integral. Se você fosse muito rico, que tipo de ação no mundo você faria? Deixe a sua imaginação te guiar.

3- Quais são os meus dons e habilidades?

A primeira pergunta já traz alguma clareza sobre esses pontos. Todos nós nascemos com determinadas habilidades ou potenciais. Dons são potenciais natos, mas também podem exigir força de vontade e dedicação. Pergunte-se honestamente no que você é bom e quais são os possíveis programas para você estimular e manifestar no mundo as suas habilidades.

4- Se eu não me importasse com os julgamentos da família e da sociedade, qual ocupação eu teria?

Aqui é preciso fazer uma separação didática do ego e do ser. O ego vem da cultura, dos pais e o ser é a alma imaculada pelo sofrimento. Os pactos de vingança e de boicote são culturais e atingem ao ego. Eles são criados pelas pessoas, são alimentados pela sociedade e reproduzidos na matriz familiar, já que esta é a principal rede de relações para nós. Esses pactos são parte da lealdade que recebemos transgeracionalmente dos nossos ancestrais e nos causam muita dor. Pergunte-se o que está além desses julgamentos e desses pactos. Investigue o que a sua alma anseia profundamente em realizar na Terra.

É fundamental lembrarmo-nos de que somos seres divinos tendo uma experiência limitada, num veículo chamado ego, que se baseia no corpo físico. Enquanto encarnados, para manifestarmos o propósito divino, precisamos do ego. Porém, ele precisa passar por uma purificação, já que fomos entulhando-o do lixo advindo da cultura do sofrimento e da escassez. Realizar o propósito divino é algo espiritual e com certeza a oração pode nos ajudar, já que ela é a antena que nos conecta com os planos mais sutis e sábios.

Espero desde o fundo do meu coração que esse pequeno artigo seja de benefício para cada um de vocês. Aspiro que nós sigamos conscientes e guiados pela Luz Maior na busca e expressão dos nossos dons e talentos e na realização do nosso propósito divino.

Um grande abraço,

Daniel Danguy

Autor: Daniel Danguy
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