PARA ONDE IREMOS A PARTIR DAQUI
O que está acontecendo agora com a morte de George Floyd e os protestos contra o racismo é um começo importante para mudar a maneira como nos vemos e nos tratamos. Este início – porque representa uma das questões mais desafiadoras da humanidade e está incorporado à própria estrutura de nossa sociedade – exige nosso compromisso e coragem a longo prazo. Continue a ler para entender o que essa coragem envolve e como podemos sustentar uma resposta corajosa por tempo suficiente para afetar mudanças reais.
Ao longo da história da humanidade, houve protestos que trouxeram luz às injustiças e, em alguns casos, catalisaram mudanças e leis significativas. Como exemplo, a década de 60 foi uma década de inúmeros protestos. Nos EUA, os protestos contra a Guerra do Vietnã foram eficazes para mudar a opinião pública. E, sim, os EUA finalmente encerraram sua participação na Guerra do Vietnã – a um custo enorme de vidas.
A liderança dos EUA, no entanto, abordou as causas do motivo pelo qual os EUA, durante centenas de anos, usaram a guerra e a mudança de regime em outros países como seu guia para exercer o poder? Não.
Os cidadãos americanos, até recentemente, protestaram contra o custo das guerras, percebendo que como contribuintes estão financiando as guerras? Não.
Como podemos ver nesses exemplos, é preciso um esforço heróico e sustentado para desafiar o status quo e as estruturas de poder arraigadas. Na raiz dessas estruturas está uma base construída sobre a opressão e o direito de poucos. O racismo está entre os fios escuros desta base.
PARA ONDE IREMOS A PARTIR DAQUI
Você pode estar se perguntando para onde iremos a partir daqui. Essa é realmente uma das melhores perguntas com as quais devemos começar para impactar mudanças reais. A partir dessa pergunta virão outras, à medida que exploramos o que cada um de nós pode fazer para ser parte das soluções de que o mundo precisa.
Nosso papel como agentes de mudança divinos é estar na vanguarda da mudança. Como parte disso, somos chamados a permanecer “despertos” com o que está acontecendo e a nos educarmos sobre os problemas. Devemos fazer isso mesmo com questões que possamos achar que não têm relevância pessoal para nós.
Eis o que estamos enfrentando ao darmos os próximos passos para efetuar as mudanças necessárias.
Primeiro, é o ciclo de notícias de 24 horas que tende a destacar um problema por um tempo e depois passar para outro.
Em segundo lugar, é nossa tendência aprendida a nos educarmos apenas com manchetes e postagens nas mídias sociais – pensando que temos a cena completa ou correta.
Em terceiro lugar, é o nosso condicionamento da impaciência e da mente fechada a idéias radicalmente diferentes – dando-nos um ponto cego e fazendo com que nos tornemos tão cansados dos problemas que queremos nos desligar do mundo.
Como você pode ver, não é fácil sustentar a energia benéfica dos protestos com ações significativas no mundo.
VIEMOS PARA O DESAFIO
Encarnamos agora, não porque seria fácil, mas porque nossa sabedoria interior sabia que estávamos prontos para o desafio de romper com o longo período de racismo e opressão. Nascemos codificados para esses tempos e equipados mais do que sabemos, para enfrentarmos essas e outras atrocidades que impedem um mundo mais amoroso. Nós podemos fazer isso.
A CORAGEM DE SER VISÍVEL
Devemos enfrentar nosso desafio com coragem, lembrando-nos de que essa qualidade é essencial. Uma parte dessa coragem é um ‘trabalho interno’, interiorizando-nos de maneiras que antes não o fazíamos, para explorar nossas crenças e nosso condicionamento. Devemos estar dispostos a mudar de idéia e a nos vermos de novas maneiras. Se não podemos fazer isso, como podemos ajudar outras pessoas a mudar?
É preciso muita coragem e amor próprio para admitir que você estava errado ou julgou mal os outros por suas crenças. É preciso ainda mais força para mudar sua posição sobre um problema depois que novas informações são divulgadas. Seja alguém que, na sociedade dividida de hoje, possa adotar novas visões e participar proativamente da mudança de nosso mundo para melhor.
Precisamos encontrar a coragem de ser visível, expressando a verdade ao poder e questionando o status quo. Este deve ser um esforço contínuo.
Nossas vozes precisam ser ouvidas no nível local, nacional e nos corredores do governo. Às vezes, isso envolverá um protesto pacífico nas ruas. Muitas outras vezes, envolverá a comunicação com os que estão no poder, fornecendo nossa visão do que precisa mudar. A votação é essencial para a nossa voz, assim como enfrentar sistemas de votação opressivos que discriminam pessoas de cor.
São necessários novos líderes em todos os níveis para facilitar as reformas – em nível corporativo, judicial, governamental. Novas vozes são necessárias nas áreas de mudança climática, tecnologias emergentes e soluções para questões globais de saúde, pobreza, fome, água potável e suprimentos alimentícios.
Nenhuma dessas reformas será fácil – mas é uma injustiça para nós e para as gerações futuras se não conseguirmos fazer nossos melhores esforços.
Quando os cidadãos de um país silenciam sobre as injustiças e desviam o olhar, eles permitem que coisas impensáveis continuem. Digamos “basta” – é hora de olhar diretamente para a opressão em todas as suas formas e de participar ativamente das mudanças. Delegamos essa responsabilidade por muito tempo, você não concorda ?!
Aqui estão algumas ferramentas de cuidados pessoais a serem aplicadas, para que você tenha mais recursos para ser corajoso no mundo.
À medida que trazemos à luz tantas questões que nos dividem e impedem um mundo amoroso, vamos aumentar nossos cuidados pessoais para permanecermos equilibrados e capazes de servir aos outros da maneira mais elevada.
Se você aprendeu a meditar ou gosta de se exercitar, essas duas ferramentas o ajudarão a liberar o stress e a tensão enquanto limpa a sua mente.
Autor: Selácia
Fonte:
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
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