
é:
“De quanto tempo precisamos para nos
libertar do corpo de dor?“.
Evidentemente, isso depende tanto da densidade
do corpo de dor quanto do grau, ou da intensidade, da presença manifestada em
cada um de nós.
identificação com ele que causa o sofrimento que infligimos a nós mesmos e aos
outros. É essa identificação que nos leva a reviver o passado vezes sem conta e
nos mantém no estado de inconsciência.
Assim, uma pergunta mais importante a se fazer
seria esta:
“De quanto tempo necessitamos para nos
libertar da identificação com o corpo de dor?“
A resposta a esta pergunta é: não demora
tempo nenhum.
Sempre que o corpo de dor estiver em atividade, temos que estar cientes de que
o que estamos sentindo é o corpo de dor em nós. Esse conhecimento é tudo de que
precisamos para interromper a identificação com ele. E, quando essa
identificação cessa, a transmutação tem inicio
O conhecimento impede que as emoções antigas surjam
na nossa cabeça e controlem não só o diálogo interior como também nossas
ações e interações com as pessoas. Assim, o corpo de dor não conseguirá mais
nos usar e se renovar por nosso intermédio.
As antigas emoções podem ainda viver em nós por
algum tempo e aparecer de vez em quando. Talvez também nos enganem
ocasionalmente, fazendo com que nos identifiquemos com elas de novo e, desse
modo, obscureçam o conhecimento, porém não por muito tempo.
Não projetarmos as antigas emoções nas situações
significa que devemos encará-las diretamente dentro de nós. Pode não ser
agradável, mas isso não chega a nos matar. Nossa presença (*) é mais do que
capaz de conte-las. As emoções NÃO são quem nós SOMOS.
(*) Nota Stela – “estar presente”:
estar no agora, consciente, centrado, focado, ser o observador.
Portanto, quando sentir o corpo de dor, não
comece o equivoco de pensar que existe algo errado com você. O ego adora quando
você faz de si mesmo um problema.
O conhecimento precisa ser seguido pela
aceitação.
Qualquer outra coisa, irá obscurecê-lo
novamente.
Aceitação significa que você se permite sentir
qualquer coisa naquele momento. Isso é parte da essência do Agora. Você não
pode discutir com o que é. Bem, você pode. No entanto, se fizer
isso, sofrerá.
Por meio da aceitação, você se torna o que você
é: vasto, pleno de espaço. Transforma-se no todo. Não é mais um fragmento, que
é como o ego vê a si mesmo. Sua natureza verdadeira emerge, e ela está
unificada com a natureza de Deus.
Jesus indica isso nesta passagem: “Portanto,
sede um todo. Assim como vosso Pai celeste é um todo”. (Mateus
5:48)
No Novo Testamento temos, porem, “sede perfeitos“,
o que é um erro de tradução da palavra grega original, que significa “todo”.
Ou seja, não precisamos nos tornar um todo,
mas sermos o que já somos – com ou sem o corpo de dor.
Eckhart Tolle – trecho do livro “Um Novo
Mundo – O Despertar de uma Nova Consciência”, editora sextante, pag 161
Leia também o texto de Eckhart Tolle:
“O Corpo de Dor“
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