Precisamos entender que a nossa consciência global está sendo transformada de maneiras que são visíveis e invisíveis. Assim como os incidentes da brutalidade policial na América nos últimos anos trouxeram à luz uma imensa expansão da percepção do preconceito racial e da desigualdade em relação aos afro-americanos, assim, também, o clamor sobre a água contaminada em Flint, Michigan, revela-nos a necessidade de cura dos motivos da ganância, da indiferença, do torpor moral e do preconceito racial.
Não estamos cientes de como a consciência muda, especialmente ao nível global, e, no entanto, estes “eventos” são a orquestração provocada pela expansão da luz que nos mostram as camadas ocultas das trevas, que fomos incapazes de ver ou que nos recusamos a ver. Elas dão o alarme que nos deixa saber que algo precisa mudar.
No que diz respeito à água contaminada por chumbo em Flint, Michigan, tornamo-nos conscientes de que não mais podemos tomar por certo a pureza de nosso abastecimento de água.
Tornamo-nos cientes de que os motivos de ganância, da indiferença, da preguiça, e dos preconceitos raciais podem se unir para criar uma vontade de permitir dano aos outros, ainda que a nossa intenção consciente não fosse esta.
Aprendemos a valorizar a água que a Terra fornece e com que contamos, e procuramos garantir a sua pureza.
Nós nos tornamos conscientes do “poder da fraude” – esta força que pode operar nos assuntos humanos, ou deliberada ou inconscientemente, que permite que os seres humanos não se preocupem em tomar conhecimento do efeito do que eles estão fazendo.
Chegamos a nos identificar com o sofrimento dos outros e, especialmente, com o efeito da contaminação em crianças pequenas, pois estas são as que são mais afetadas pela água contaminada, em um momento em que os seus corpos são mais vulneráveis.
Que prestemos atenção a esses fatores não é uma questão de interpretar tais eventos coletivos como karma, como punição, ou como qualquer outra influência negativa de uma natureza mais cósmica, mas sim que estamos, através de eventos significativos que nos afetam, recebendo um chamado de despertar para prestarmos atenção a questões que estão precisando muito de cura. Podemos ouvir o chamado e nos virarmos; podemos ouvir o chamado e ficarmos apáticos em nossos esforços de lidar com o sofrimento que muitos têm suportado; ou podemos despertar para o sentido dos acontecimentos e permitir que nossos corações nos movam na direção da não-participação, com atitudes e ações que sabemos ser prejudiciais, tanto para a Terra, como para os outros.
O despertar da consciência está acontecendo agora através da purificação global e como consequência da expansão da luz espiritual. Todos que estão aqui escolheram estar aqui neste momento, e a resposta a esta escolha deve ser a do coração, pois os nossos corações estão sendo chamados a se tornarem ativos na cura da Terra e uns dos outros.
Vamos liberar a idéia de que o que fazemos pouco importa, pois na unidade do Corpo da Terra do qual cada um faz parte, o despertar de um contribui para o despertar de todos. Este é o nosso mandato e a causa de grande esperança, pois o que cada um de nós pensa, sente e faz, mantém a promessa para toda a transformação do planeta.
Que todos sejam abençoados.