Prova de biologia. Eu tinha uns 13 anos. Não sabia responder então coloquei: “Não sei responder essa”.
Tirei zero nessa questão. Fiquei frustrado porque achei que minha sinceridade deveria valer alguma coisa. Podia ter tentado enrolar e enganar, mas preferi ser sincero. E isso não valia nada.
Reunião de vendas. Me perguntaram qual era o faturamento do cliente X. Eu respondi: “Olha, sinceramente, não sei”.
Levei bronca do pessoal. Eu deveria saber todos os números da minha área.
Reunião com investidores. Me perguntaram como e quando eu iria monetizar o produto. Eu respondi: “Ainda não sei”.
Disseram que eu não estava preparado o suficiente. Que deveria ter todas as respostas.
Conversas com um amigo empreendedor. Me perguntou quantos acessos eu teria no meu portal de conteúdo. Minha resposta: “Não tenho a menor ideia. Espero que bastante”
Ele achou que eu estava viajando e disse que eu não tinha estudado o mercado direito.
Jantar com meus amigos. Eles começaram a falar sobre a crise financeira no Chipre. Eu disse que não sabia o que era essa crise (fiquei com vergonha de dizer que mal sabia onde era o Chipre).
Eles disseram que eu era um alienado.
É sério isso, pessoal?
Sério mesmo que eu preciso ter todas as respostas pra tudo? É sério que eu não posso responder “não sei”?
Criamos uma sociedade que desmerece quem diz que não sabe.
Isso não acontece somente comigo. Isso acontece todos os dias em todas as cidades, em todas as profissões, em todas idades e com todas as pessoas.
E pior que isso. Criamos pessoas que inventam respostas pra não dizer que não sabem.
Eu acho que nem é por mal. Acho que é só um mecanismo de defesa, uma reação automática a uma pergunta. O default é inventar uma resposta e dizer com convicção, como se você soubesse.
Eu era assim. Hoje vejo como isso me fazia mal. Cada vez que eu inventava uma resposta sentia uma sensação estranha dentro, como se fosse meu coração me dando uma dura.
Eu não tenho vergonha nenhuma de dizer que não sei. Não tenho todas as respostas. E acho que tudo bem não saber.
A vida é o campo de infinitas possibilidades. Como é possível você saber o que vem do infinito?
A gente valoriza pessoas que dizem saber tudo, que são visionárias, que têm visão de longo prazo e sabem o que vai acontecer daqui a 10 anos.
Eu não sei nem o que vai acontecer amanhã de manhã.
Você já viu algum político num debate dizer que não sabe?
Achar que precisamos ter todas as respostas faz a gente se entupir de informação na cabeça. E esse monte de informação nos afasta do coração. Sabemos demais e sentimos de menos.
Eu prefiro saber menos. Prefiro não ter todas as informações, mas ter espaço para escutar as minhas ideias, os meus sonhos e a minha intuição.
Será mesmo que eu preciso ter resposta pra tudo?
Tirei zero nessa questão. Fiquei frustrado porque achei que minha sinceridade deveria valer alguma coisa. Podia ter tentado enrolar e enganar, mas preferi ser sincero. E isso não valia nada.
Reunião de vendas. Me perguntaram qual era o faturamento do cliente X. Eu respondi: “Olha, sinceramente, não sei”.
Levei bronca do pessoal. Eu deveria saber todos os números da minha área.
Reunião com investidores. Me perguntaram como e quando eu iria monetizar o produto. Eu respondi: “Ainda não sei”.
Disseram que eu não estava preparado o suficiente. Que deveria ter todas as respostas.
Conversas com um amigo empreendedor. Me perguntou quantos acessos eu teria no meu portal de conteúdo. Minha resposta: “Não tenho a menor ideia. Espero que bastante”
Ele achou que eu estava viajando e disse que eu não tinha estudado o mercado direito.
Jantar com meus amigos. Eles começaram a falar sobre a crise financeira no Chipre. Eu disse que não sabia o que era essa crise (fiquei com vergonha de dizer que mal sabia onde era o Chipre).
Eles disseram que eu era um alienado.
É sério isso, pessoal?
Sério mesmo que eu preciso ter todas as respostas pra tudo? É sério que eu não posso responder “não sei”?
Criamos uma sociedade que desmerece quem diz que não sabe.
Isso não acontece somente comigo. Isso acontece todos os dias em todas as cidades, em todas as profissões, em todas idades e com todas as pessoas.
E pior que isso. Criamos pessoas que inventam respostas pra não dizer que não sabem.
Eu acho que nem é por mal. Acho que é só um mecanismo de defesa, uma reação automática a uma pergunta. O default é inventar uma resposta e dizer com convicção, como se você soubesse.
Eu era assim. Hoje vejo como isso me fazia mal. Cada vez que eu inventava uma resposta sentia uma sensação estranha dentro, como se fosse meu coração me dando uma dura.
Eu não tenho vergonha nenhuma de dizer que não sei. Não tenho todas as respostas. E acho que tudo bem não saber.
A vida é o campo de infinitas possibilidades. Como é possível você saber o que vem do infinito?
A gente valoriza pessoas que dizem saber tudo, que são visionárias, que têm visão de longo prazo e sabem o que vai acontecer daqui a 10 anos.
Eu não sei nem o que vai acontecer amanhã de manhã.
Você já viu algum político num debate dizer que não sabe?
Achar que precisamos ter todas as respostas faz a gente se entupir de informação na cabeça. E esse monte de informação nos afasta do coração. Sabemos demais e sentimos de menos.
Eu prefiro saber menos. Prefiro não ter todas as informações, mas ter espaço para escutar as minhas ideias, os meus sonhos e a minha intuição.
Será mesmo que eu preciso ter resposta pra tudo?
Autor: Gustavo Tanaka
Autor do Livro “11 Dias de Despertar”
Autor do Livro “11 Dias de Despertar”
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