Gustavo Tanaka - "Libertando-se das mentiras que te contaram - Como ser livre no trabalho?" - Sementes das Estrelas

Gustavo Tanaka – “Libertando-se das mentiras que te contaram – Como ser livre no trabalho?”

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Em algum momento do passado,
alguém inventou que precisávamos criar um padrão comum de trabalho.

Que deveríamos trabalhar por
cinco ou seis dias e descansar por um ou dois.

Depois alguém inventou que
precisávamos trabalhar oito horas por dia, quarenta horas por semana.

E agora a gente tem que ficar
conectado o tempo inteiro e não pode ficar offline se quiser prosperar no
mercado de trabalho. Enquanto você está o desconectado, tem um cara conectado e
trabalhando, passando por cima de você.

Mais uma vez eu questiono:

Quem inventou tudo isso?

E quem disse que eu preciso
concordar?

O normal é viver no piloto
automático e fazer as coisas sem questionar nada, afinal de contas, é assim que
o mundo funciona e é assim que as coisas são.

Eu nunca aceitei muito bem
essas respostas do tipo “é assim mesmo”, “fazer o que”, “todo mundo faz”.

Acho que na minha infância eu
ficava mordido por essas respostas, mas confesso que acabei sendo adestrado. Eu
mesmo comecei a usar muitas dessas respostas. Especialmente quando queria
justificar algo que eu replicava dos outros. Coisas do tipo, “ah, mas todo
mundo bebe”, ou “todo mundo tem que trabalhar de segunda-feira”, “todo mundo
precisa acordar cedo”, “todo mundo tem que fazer faculdade”.

Quando a frase começa com “todo
mundo tem que…”, você deveria parar de escutar, porque provavelmente vem alguma
mentira que fizeram você acreditar.

Você é livre. Sempre foi e vai
continuar sendo.

Somente precisa se desatar de
todos os nós que lhe foram aplicados. De todas as falsas ideias que foram
plantadas em você.

Você não precisa fazer nada.

Você somente deve fazer o que
você quer. E isso é tudo.

Eu acredito de verdade nisso. E
não sou um anarquista. Não quero o caos. Eu acredito na ordem. Mas na ordem
natural das coisas.

Eu quero apenas que a gente
possa viver um mundo livre.

Onde cada um tenha a
possibilidade de ser quem é de verdade.

Quando começo a falar sobre
isso, sempre surgem os mesmos questionamentos.

“Se todo mundo só fizer o que
quiser, não haverá quem faça o trabalho sujo que ninguém quer fazer, como
limpar o banheiro, por exemplo.”

Quando o banheiro começar a
ficar sujo, você vai querer que ele fique limpo. Então você vai querer limpar o
banheiro.

“Sempre vai ter um que vai
fazer mais que os outros e uns que não vão fazer nada.”

Quando mais se evolui num senso
de comunidade, mais você tem vontade de fazer para servir o grupo e o todo.

Lembre-se de quando você foi
viajar com seus amigos. Sempre tinha alguém que fazia mais e outro que fazia
menos. E nem por isso você deixava de fazer a sua parte. Você entrava no
trabalha braçal, ajudava na faxina, lavava louça. E ficava tudo bem. Vocês
estavam juntos, estavam se divertindo e estavam felizes.

“Se você deixar as pessoas
fazerem o que elas quiserem, vai ter gente que só vai ficar na piscina ou no
ócio.”

Talvez isso possa acontecer nos
primeiros dias. Mas depois de um tempo no ócio, você sente vontade de produzir
algo. De contribuir com os outros. De contribuir com o grupo e com a sociedade.

No ócio, é provável que você
comece a se escutar mais. E quanto mais você se escuta, mais seu coração fala
com você. E ele sempre te orienta naquilo que você deve fazer de mais
grandioso.

Você veio com uma missão aqui.
Não veio para ficar na piscina o dia inteiro.

Quando você dá espaço, você se
lembra.

E quando você se lembra do que
veio fazer aqui, sua vida fica muito mais interessante.

E a vida passa a te ajudar. A
vida passa a tomar conta de quem está fazendo o que veio fazer aqui.

Nós estamos empreendendo em um
modelo que temos chamado de “EMPRESA LIVRE”. Cada um é livre para ser quem é de
verdade. Para escolher como quer se envolver, em qual atividade, por quanto
tempo e de onde quer trabalhar.

Tem sido uma grande experiência.
Um grande desafio com muitos aprendizados, mas que a cada dia me reforça o
quanto acredito nesse modelo. A cada dia tenho mais convicção de que o caminho
que nossa sociedade seguiu não faz sentido algum. E que talvez, esse sentido
contrário que estamos seguindo, possa estar certo.

E tudo isso me dá força para
arriscar mais, para explorar mais possibilidades, para questionar mais.

Quanto mais eu questiono, mais
eu lembro. E quanto mais eu lembro, mais próximo de mim mesmo eu fico.


Autor: Gustavo Tanaka 

Autor do Livro “11 Dias de Despertar”
Veja mais Gustavo Tanaka Aqui

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