Osho - "Não use máscaras, seja verdadeiro, custe o que custar" - Sementes das Estrelas

Osho – “Não use máscaras, seja verdadeiro, custe o que custar”

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Lembre-se sempre de ser verdadeiro consigo mesmo. Para
isso, é preciso estar atento a três coisas. Primeiro, nunca ouça alguém que
diga o que você tem de ser. Ouça sempre a sua
 voz interior, o
que você gostaria de ser. Do contrário, toda a sua vida será desperdiçada.
Há milhares de tentações à sua volta, porque existem
muitas pessoas vendendo coisas por aí. Os supermercados, o mundo, as pessoas,
todos estão interessados em lhe vender algo. Todo mundo é um vendedor e, se
você ouvir vendedores demais, ficará louco. Não ouça ninguém, simplesmente
feche os olhos e ouça a sua voz interior. É disso que trata a meditação: ouvir
a sua voz interior.
A segunda coisa – que só é possível se você já tiver
feito a primeira – é nunca usar uma
máscara. Se você está zangado, fique zangado. É arriscado,
mas não sorria, pois isso não será verdadeiro. Você aprendeu a sorrir quando
está zangado, então o sorriso fica falso, vira uma máscara. É só um exercício
com os lábios, nada mais. O coração está cheio de fúria, de veneno, e os lábios
sorriem – você se tornou falso.
Outra coisa também acontecerá: quando você quiser
sorrir, não conseguirá. Todo o seu mecanismo está revirado, pois quando quis
ficar com 
raiva não
pôde. Agora você quer amar, mas, de repente, descobre que o sistema não
funciona. Quer sorrir, mas tem de forçar o sorriso. Seu coração está pleno de
sorrisos e você quer rir alto, mas não consegue, algo fica reprimido no
coração, engasgado na garganta. O sorriso não vem ou, se vem, é pálido e apagado.
Não o deixa feliz. Você não se empolga com ele. Não há luminosidade à sua
volta.
Quando quiser ficar com raiva, fique. Não há nada de
errado em ficar com raiva. Quando quiser rir, ria. O que há de errado em rir
alto? Pouco a pouco, verá que todo o seu organismo está funcionando. Dá para
notar: sempre que o mecanismo de uma pessoa está funcionando bem, dá para ouvir
um zumbido em torno dela. Ela caminha, mas o passo é como uma dança. Fala, mas
suas palavras têm uma poesia sutil. Quando olha para alguém, de fato olha: não
é indiferente, é calorosa. Quando toca, ela realmente o faz – você pode sentir
a 
energia entrando em seu corpo, uma corrente de vida sendo transferida… Seu
mecanismo está funcionando bem.
Não use máscaras. Se fizer isso, criará disfunções e
bloqueios em seus sistemas. Existem muitos 
bloqueios no seu corpo. A pessoa que costuma reprimir a raiva tem os maxilares
travados. Toda a raiva vai para os maxilares e fica estagnada ali. As mãos
ficam feias. Não têm os movimentos graciosos de um dançarino porque a raiva vai
para os dedos e fica ali, bloqueada.
Lembre-se, a raiva tem duas fontes. Uma são os dentes,
a outra são os dedos, pois todos os animais, quando estão zangados, vão
mordê-lo com os dentes ou arranhá-lo com as garras. Portanto, as unhas e os
dentes são os dois pontos por onde a raiva é extravasada.
Eu tenho a suspeita de que, sempre que a raiva é muito
reprimida, as pessoas têm problemas nos dentes. Os dentes estragam porque muita
energia se acumula ali sem ser liberada. E qualquer um que reprime a raiva
comerá mais – as pessoas com raiva sempre comem mais porque os dentes precisam
ser movimentados.
As pessoas com raiva fumarão mais. Falarão mais: podem
virar tagarelas obsessivas porque, de algum modo, os maxilares precisam se
mover para que um pouco de energia seja extravasada. E as mãos das pessoas com
raiva ficarão nodosas, feias. Se a energia tivesse sido liberada, as mãos
poderiam ser belas.
Se você reprime alguma coisa, existe uma parte do corpo
que corresponde a essa emoção. 
Se não quer chorar, seus olhos perderão o brilho, pois as lágrimas são
necessárias. Se você chora de vez em quando, e as lágrimas começam a fluir,
seus olhos ficam mais limpos, renovados, jovens, virgens.
Lembre-se de que, se você não consegue chorar de
verdade, também não consegue rir, pois essa é a outra polaridade. As pessoas
que conseguem chorar também conseguem rir. E talvez você já tenha visto isso em
crianças: se riem muito e por muito tempo, depois começam a chorar, porque as
duas coisas estão ligadas. Os dois fenômenos não são diferentes, é a mesma
energia indo para polos opostos.
Portanto, não use máscaras – seja verdadeiro, custe o
que custar.
A terceira coisa diz respeito à autenticidade: fique
sempre no presente, porque toda falsidade vem do passado ou do futuro. O que
passou passou – não se preocupe mais com isso. E não carregue o passado como um
fardo; do contrário, isso não deixará que você seja autêntico no presente.
Além disso, tudo o que ainda não aconteceu de fato não
aconteceu – 
não fique se preocupando à toa com o futuro, senão isso interferirá no presente
e o estragará. Seja verdadeiro no presente e você será autêntico. Estar aqui e
agora é ser autêntico.
Osho

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