Boa noite,
companheiros,
Pietro
Ubaldi,
espiritualista italiano, com uma obra de 24 livros, todos devidamente inscritos
no Index Librorum Prohibitorum
da Igreja Católica,
esteve na casa de Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, em 17 de agosto de 1951,
ocasião na qual Chico
Xavier, à noite, em sua casa, recebeu especialmente para ele
uma mensagem de São
Francisco de Assis.
“Pedro,
O Calvário do
Mestre não se constituía tão-somente de secura e aspereza…
Do monte
pedregoso e triste jorravam fontes de água viva que dessedentaram a alma dos
séculos.
E as flores que
desabrochavam no entendimento do ladrão e na angústia das mulheres de Jerusalém
atravessaram o tempo, transformando-se em frutos abençoados de alegria no
celeiro das nações.
Colhe as rosas
do caminho no espinheiro dos testemunhos…
Entesoura as
moedas invisíveis do amor no templo do coração! …
Retempera o
ânimo varonil, em contato com o rocio divino da gratidão e da bondade! …
Entretanto, não
te detenhas. Caminha! …
É necessário
ascender.
Indispensável o
roteiro da elevação, com o sacrifício pessoal por norma de todos os instantes.
Lembra-te, Ele
era sozinho! Sozinho anunciou e sozinho sofreu.
Mas erguido, em
plena solidão, no madeiro doloroso por devotamento à humanidade, converteu-se
em Eterna Ressurreição.
Não temos outra
diretriz senão a de sempre.
Descer
auxiliando para subir com a exaltação do Senhor.
Dar tudo para
receber com abundância.
Nada pedir para
nosso Eu exclusivista, a fim de que possamos encontrar o glorioso NÓS da vida
imortal.
Ser a concórdia
para a separação.
Ser luz para as
sombras, fraternidade para a destruição, ternura para o ódio, humildade para o
orgulho, benção para a maldição…
Ama sempre.
É pela graça do
amor que o Mestre persiste conosco, os mendigos dos Milênios, derramando a
claridade sublime do perdão celeste onde criamos o inferno do mal e do
sofrimento.
Quando o
silêncio se fizer mais pesado ao redor de teus passos, aguça os ouvidos e escuta!
A voz Dele
ressoará de novo na acústica de tua alma e as grandes palavras, que os séculos
não apagaram, voltarão mais nítidas ao círculo de tua esperança, para que as
tuas feridas se convertam em rosas e para que o teu cansaço se transubstancie
em triunfo.
O rebanho
aflito e atormentado clama por refúgio e segurança.
Que será da
antiga Jerusalém humana sem o bordão providencial do pastor que espreita os
movimentos do céu para defesa do aprisco?
É necessário
que o lume da cruz se reacenda, que o clarão da verdade fulgure novamente, que
os rumos da libertação decisiva sejam traçados.
A inteligência
sem amor é o gênio infernal que arrasta os povos de agora às correntes escuras
e terrificantes do abismo.
O cérebro
sublimado não encontra socorro no coração embrutecido.
A cultura
transviada da época em jornadeamos, relegada à aflicão, ameaça todos os
serviços da Boa Nova, em seus mais íntimos fundamentos.
Pavorosas
ruínas fumegarão, por certo, sobre os palácios faustosos da humana grandeza,
carente de humanidade, e o vento frio da desilusão soprará, de rijo, sobre os
castelos mortos da dominação que, desvairada, se exibe, sem cogitar dos
interesses imperecíveis e supremos do espírito.
É
imprescindível a ascensão.
A luz
verdadeira procede do mais alto e só aquele que se instala no plano superior,
ainda mesmo coberto de chagas e roído de vermes, pode, com razão, aclarar a
senda redentora que as gerações enganadas esqueceram.
Refaze as
energias exauridas e volta ao lar de nossa comunhão e de nossos pensamentos.
O trabalhador
fiel persevera na luta santificante até o fim.
O farol no
oceano irado é sempre uma estrela em solidão.
Ilumina a
estrada, buscando a lâmpada do Mestre que jamais nos faltou.
Avança…
Avancemos…
Não exijamos
esclarecimento.
Procuremos
servir.
Cabe-nos apenas
obedecer até que a glória Dele se entronize para sempre na alma flagelada do
mundo.
Segue, pois, o
amargurado caminho da paixão pelo bem divino, confiando-te ao suor incessante
pela vitória final.
O Evangelho é o
nosso Código Eterno.
Jesus é o nosso
Mestre Imperecível.
Agora é ainda a
noite que se rasga em trovões e sombras, amedrontando, vergastando, torturando,
destruindo…
Todavia, Cristo
reina e amanhã contemplaremos o celeste despertar.”
(Assinado:
Francisco)
Abraços
fraternais.
José Mauro.
Enviado por José Mauro.
Fonte: http://comandoestrelinha.ning.com/